
LAR prestes a concluir empréstimo de 530 milhões com os EUA
Lobito Atlantic Railway (LAR), concessionária do Corredor do Lobito em Angola, pretende finalizar até ao final deste ano um acordo de empréstimo de 533 milhões de dólares com a Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento (DFC) dos Estados Unidos da América (EUA) para a modernização da sua concessão angolana, informou a Reuters, nesta quarta-feira, dia 20.
Segundo noticiou, a DFC comprometeu-se a conceder o empréstimo em 2024 para apoiar a renovação de 1300 quilómetros (800 milhas) de vias-férreas e proporcionar uma rota rápida para o transporte de minerais que são essenciais para a transição global para energias mais limpas.
Em 2022, Angola concedeu à LAR uma licença de 30 anos para operar o Corredor de Lobito e fornecer uma rota rápida para as exportações de cobre e cobalto da República Democrática do Congo (RDC) através do porto do Lobito, na costa atlântica.
O recém-nomeado CEO da LAR, Nicholas Fournier, destacou que o financiamento dos EUA está quase concluído, apesar das preocupações provocadas pela reversão das políticas climáticas e energéticas da era Joe Biden pelo Presidente Donald Trump.
“Não haverá mudanças. Sei que muitas pessoas tentam enquadrar isso como uma questão geopolítica, mas na verdade trata-se de uma transacção comercial que estamos a realizar”, afirmou Fournier, acrescentando: “Há um exército de advogados de ambos lados a discutir cada vírgula e tudo o resto, por isso está a avançar nessa direcção. Esperamos ter tudo finalizado antes do final do ano.”
O CEO salientou que a LAR espera que os volumes na ferrovia de Lobito dupliquem após as obras de modernização em curso financiadas pelos parceiros do consórcio, que comprometeram 555 milhões de dólares em investimentos.
“Queremos duplicar o volume até 2026, transportando 40 mil toneladas por mês e, então, continuar a transportar 1,5 milhão de toneladas por ano durante esta década”, anuiu.
Refira-se que os comboios de mercadorias da LAR transportam principalmente cobre e cobalto para o porto do Lobito, destinados aos mercados de exportação. Transportam também enxofre, principalmente para as minas da RDC, bem como produtos agrícolas e industriais do porto.