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Julgamento do massacre de Setembro de 2009 recomeça sob forte tensão na Guiné-Conacri

É num clima tenso e com segurança reforçada em torno do tribunal que deverá ser retomado hoje, segunda-feira, dia 13, o julgamento dos massacres de 28 de Setembro de 2009, durante os quais pelo menos 156 pessoas foram mortas, centenas ficaram feridas e pelo menos 109 mulheres foram violadas, de acordo com o relatório de uma comissão de inquérito mandatada pela ONU.

O julgamento foi suspenso durante três semanas, primeiro a pedido da acusação, que queria tempo para se preparar para o início das audições de testemunhas, e depois devido a uma greve de advogados não relacionada com o julgamento.

Ao longo do último ano, o Tribunal Penal de Dixinn, Conacri, já interrogou os onze arguidos e mais de 130 pessoas. Agora é a vez das cerca de trinta testemunhas serem interrogadas.

Mas esta segunda-feira, é particularmente tensa devido à operação do comando armado na prisão central de Conacri, no passado dia 4. Enquanto Moussa Dadis Camara, Tiegboro Camara e Blaise Goumou foram recapturados e estarão presentes no banco dos réus, Claude Pivi continua em fuga e, por isso, não estará presente. O exército foi mobilizado e o Ministério da Justiça prometeu 500 milhões de francos guineenses (50.000 euros) a quem ajudar na sua captura. Num comunicado de imprensa, a Ordem dos Advogados guineense denuncia ameaças contra alguns advogados dos arguidos e apela ao Estado para que os proteja.

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