Investimento nas rochas ornamentais vai gerar mais empregos
A promoção da magnitude das rochas ornamentais das províncias da Huíla, Namibe, Cunene e outros pontos do país vai permitir o aumento da captação de novos investimentos públicos e privados, favoráveis para o fortalecimento do sector e gerar mais empregos.
O secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, que procedeu ao encerramento do workshop e exposição sobre Rochas Ornamentais, realizado durante dois dias, na cidade do Lubango (Huíla), considerou ainda que o actual volume de negócios “ainda não é satisfatório, por ser uma indústria nova”.
Jânio Corrêa Victor realçou que os antigos e novos operadores têm capacidade para promover o crescimento salutar, cujo trabalho neste sentido é cada vez mais evidente.
“Estamos empenhados em aproximar a visão do Executivo à classe empresarial da indústria de rochas ornamentais sobre as metas de aumento de produção definidas”, destacou.
Para o secretário de Estado para os Recursos Minerais, a transformação local, apesar de depender de algumas condicionantes, deve ser feita.
“Os países com alguma referência na exploração de rochas ornamentais, apesar de as transformar, também têm exportado o produto bruto”, disse.
Segundo o governante, é necessário continuar a apostar na valorização interna das rochas ornamentais para servir em tempo útil o sector de Construção Civil, sem também pôr de lado o mercado externo, cuja exigência é a qualidade do produto acabado.
“Continuamos a receber várias solicitações de investidores interessados em explorar o sector nacional das rochas ornamentais”, sublinhou.
Para Jânio Corrêa Victor, quanto mais empresas para explorar haver, melhor para impulsionar o sector, de modo a contribuir cada vez mais para o progresso da economia nacional, destacando, por isso, o projecto de extracção do nióbio, no município de Quilengues, como sendo ainda um projecto em fase de desenvolvimento.
“O projecto está ainda na fase de prospecção geológica, que deve terminar com o estudo de viabilidade para, posteriormente, se definir quando vai começar a etapa da produção”, disse, para descrever que todas as condicionantes de corrente eléctrica e água vão ser organizadas de modo que no próximo ano comece a produção.
Transição energética
O presidente da Associação de Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Rochas Ornamentais do Sul de Angola (APEPA), Marcelo Siku, considerou que a transição energética é possível, apesar do país não necessitar que seja uma acção urgente, por possuir diversos rios que permitem uma energia limpa.
Em seu entender, urge que a energia de Laúca e Cambambe atinja a Região Sul do país, de modo a alimentar as várias unidades fabris com uma energia limpa e permitir que se possa trabalhar 24 horas por dia sem receio de cortes.
Importa realçar que durante o Workshop e Exposição sobre Rochas Ornamentais foram partilhadas várias experiências da Associação de Rochas Ornamentais da Comunidade Económica Europeia, assim como reflectidos vários temas, entre os quais Desafios e Oportunidades à Cadeia Produtiva das Rochas, Estratégia da província da Huíla para o Desenvolvimento Económico e Sustentável.
Consta ainda a Valorização das Rochas, Paradigma de Transporte e Exportação, Infra-estruturas de Mobilidade e Logística, Resultados do PLANAGEO para o subsector de rochas, entre outros temas.