INEFOP garante 26 mil estágios profissionais até ao final deste ano
O Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) pretende atingir, até final deste ano, 26 mil estágios profissionais, em todo o país, com o objectivo de dar mais oportunidades de emprego aos jovens.
A meta foi divulgada pelo director-geral do INEFOP, Manuel Mbangui, durante a assinatura de um protocolo de estágios profissionais, entre a empresa angolana Pumangol e o Centro de Formação Profissional The Bridge Global, dos EUA.
O protocolo serve para facilitar a inserção de jovens recém-licenciados no mercado de trabalho, que faz parte do programa “Criar”, lançado pela Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera de Angola (AECIPA) e o Centro de Formação Profissional The Bridge Global, com apoio dos ministérios do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação e dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Na ocasião, o director-geral do INEFOP, que elogiou o Programa de Estágios Profissionais, referiu que cerca de 80% dos estágios são financiados com recursos públicos, mas alerta ser preciso mudar este quadro, fazendo com que mais empresas privadas apoiem o programa. Manuel Mbangui considera uma mais-valia a iniciativa do sector privado e encoraja no sentido de prosseguirem com o mesmo empenho.
Um dos grandes desafios do Executivo, lembrou, é reduzir a taxa de desemprego, que ronda actualmente aos 30 por cento, sendo que a meta é estabelecê-la em pelo menos 25 por cento, nos próximos cinco anos.
Para o efeito, destacou, estão a ser redefinidas acções do sector, com a implementação de uma nova política estratégica nacional do emprego, para dar sustentabilidade a várias iniciativas que promovam o emprego. E um dos eixos fundamentais é o Programa de Estágios Profissionais.
O director-geral considera que desde o início do Programa de Estágios Profissionais, lançado em 2020, passou a ser um dos principais veículos de garantia para empregar jovens, porque dos 5.000 estágios realizados cerca de 50% dos jovens acabam por ficar nas respectivas empresas ou conseguem emprego depois.
Manuel Mbangui realçou que se não forem criadas pontes de comunicação entre os sistemas de formação e as empresas dificilmente haverá um alinhamento, daí, concluiu que com o programa de estágios consegue-se ter um feedback, através dos dados em relação ao candidato, fundamentalmente, no que concerne as debilidades e competências, que faz alimentar o sistema de qualificações.
Revelou que um estudo feito recentemente pelo INEFOP e o Banco Mundial concluiu que a maior parte dos jovens está ocupada em actividades de baixo rendimento.
Por outro lado, assegurou que aqueles que têm um nível de formação alta conseguem os melhores empregos, por isso é que o programa permite que os estagiários estejam mais capacitados, independentemente do grau de escolaridade.
“Apelamos à Pumangol no sentido de continuar a apostar neste projecto, porque a situação do desemprego jovem em Angola é grave, sendo que perto de 5 milhões estão nesta condição”, sublinhou.
Reforço das acções para uma maior inclusão dos jovens na sociedade
O director-geral da Pumangol, Ivanilson Machado, disse que o estágio profissional constitui uma etapa importante no processo de desenvolvimento e aprendizagem do recém-formado, tendo em conta que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente.
Ivanilson Machado acrescentou que o objectivo é dar oportunidade para os jovens aplicarem na prática os conteúdos académicos, de forma a exercitarem as suas competências, enquanto adquirem a experiência profissional.
A Pumangol, realçou, sempre primou pelo desenvolvimento do capital humano, por ser um dos pilares mais importantes na estratégia de responsabilidade social corporativa e dos recursos humanos.
O director-geral garantiu que a parceria com a The Bridge Global vai alargar em função das necessidades internas que a empresa tiver, em relação a contratação de mais funcionários.
Sem avançar o nível de investimento, Ivanilson Machado disse que a intenção do projecto é dar mais oportunidades de trabalho, independentemente da condição formativa, admitindo que existem áreas onde qualquer um dos estagiários pode ser enquadrado na Pumangol.