IECA apoia 500 famílias vulneráveis em Quilengues
Quinhentas famílias vulneráveis das comunas do Dinde e Impulo, no município de Quilengues, província da Huíla, estão a beneficiar, desde 2019, de projectos de resiliência, para contrapor o impacto negativo da seca, numa iniciativa do departamento de Assistência Social, Estudos e Projectos, da Igreja Congregacional de Angola (IECA).
O projecto com apoio da igreja, a partir da Noruega, está a minimizar as dificuldades causadas pela falta de chuva, com incentivo à actividade agrícola nas famílias camponesas, com a entrega, sem reembolso, de sementes melhoradas diversas, como massambala, Massango, infeijão, couve e tomate.
Ao falar da iniciativa, o coordenador do projecto de alterações climáticas e meios de vida sustentáveis, Artur Eliot, disse que a ideia é contribuir para a redução da fome nas comunidades.
Referiu estarem em curso várias acções que o projecto está a desenvolver, que tem como missão contribuir para o fortalecimento da capacidade de lidar com as alterações climáticas e meios de subsistência nas comunas do Dinde e Impulo.
“Com essas sementes, uma vez implantadas no solo, as famílias terão a possibilidade de ter as suas dietas alimentares diversificadas, pois uma família que não tem nada para cultivar, se recebe sementes, automaticamente procura um espaço para cultivar e só com essa ideia vai-se reduzir os índices de fome no município”, explicou.
Referiu que de 2019 até o ano em curso é visível o esforço que a comunidade faz face aos apoios que têm recebido do projecto de mudanças climáticas.
Fez saber que o projecto é financiado pela Ajuda das Igrejas da Noroega e os fundos são destinados a mitigar a seca e a fone nas comunidades.
Para além do fomento da agricultura, segundo Artur Eliot também foram implementadas infra-estruturas de retenção de água, como cisternas do tipo calçadão de 52 mil litros, sendo 12 na comuna do Impulo e uma no Dinde, bem como furos de água acoplados a painéis solares e bebedouros.
Reforçou que as acções visam combater a seca nas comunidades, assim como acabar com a distância de cinco a 10 quilómetros que as famílias percorriam quando não tinha as infra-estruturas de água por perto.