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Homem condenado pelo assassínio de activista anti-apartheid 34 anos depois

Na África do Sul, mais de 30 anos após o fim do apartheid, os tribunais continuam a analisar casos desta época. O último caso foi o de um homem que tinha prestado serviços à polícia durante o regime segregacionista. Este foi condenado na quinta-feira pelo assassínio, em 1989, de um jovem activista na região de Durban. Ao encerrar este caso, o sistema judicial sul-africano está mais perto do seu objetivo de não permitir que os crimes do apartheid fiquem impunes, mesmo décadas depois.

O tribunal de Durban condenou-o a dez anos de prisão por ter feito parte de uma equipa que baleou e matou um jovem de 17 anos em 1989. A vítima, Siphelele Nxumalo, era um ativista da Frente Democrática Unida (UDF, sigla em inglês), uma organização da sociedade civil anti-apartheid. Não se sabe ainda se o arguido, de 52 anos, tenciona recorrer, uma vez que se declarou inocente.

Nos últimos anos, a Agência Nacional de Acusação (ANP) e o gabinete do Ministério Público da África do Sul, têm estado a correr contra o tempo para tentar encerrar casos que remontam ao apartheid. Aqueles que não confessaram os seus crimes à Comissão da Verdade e Reconciliação a partir de 1996 não eram elegíveis para amnistia e deveriam, portanto, ter sido processados em tribunal. Mas desde que a comissão apresentou as suas conclusões em 2003, os processos arrastaram-se durante muito tempo e alguns suspeitos morreram, entretanto.

Nos últimos anos, a ANP tem tentado recuperar o atraso e afirma estar actualmente a trabalhar em mais de 130 casos.

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