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Guiné-Bissau volta a propor Bijagós a Património Mundial da Humanidade

A Guiné-Bissau vai apresentar, em Fevereiro próximo, a candidatura das ilhas Bijagós a Património Mundial da Humanidade, anunciou ontem, quinta-feira, dia 23, a diretora-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Aissa Regalla de Barros.

Trata-se do relançamento de uma intenção do país africano que, em 2017, fez a primeira tentativa para ver reconhecida pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) a riqueza das 88 ilhas do arquipélago das Bijagós.

“A candidatura vai ser apresentada em Fevereiro de 2024, o dossiê já está pronto, faltam um ou dois documentos para completar e temos o apoio de muitos parceiros”, afirmou a responsável do instituto que gere este património que é já área protegida e Reserva da Biosfera, um selo também da UNESCO.

Como explicou, a primeira candidatura, em 2017, foi indeferida, “mas com algumas orientações da comissão da UNESCO” sobre decretos em falta e maior envolvimento da comunidade e do Estado neste processo. “Nós tentámos tomar em consideração todas as recomendações e agora já temos um dossiê mais composto e pensamos que vamos apresentar e desta vez vai ser aceite”, considerou a diretora do IBAP.

As autoridades guineenses garantem estar a desenvolver acções para combater o problema e valorizar o arquipélago, no oceano Atlântico, considerado “um paraíso” pelas paisagens naturais e variedade de espécies.

“Bijagós já é um sítio de património, temos só necessidade de oficializar esse processo. Acolhe espécies que vêm de toda a parte do mundo, do Norte, do Ártico, as tartarugas que atravessam o Atlântico, então é uma bemba (variedade) de vida. Este processo de oficialização da candidatura é só uma etapa”, considerou.

Por seu turno, a diretora-geral da UNESCO, a francesa Audrey Azoulay, tinha anunciado, em Janeiro, ao chefe do Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, a abertura da organização em apoiar a candidatura das ilhas Bijagós a património mundial.

Refira-se que o arquipélago dos Bijagós é uma parte do território marinho e costeiro da Guiné-Bissau, constituída por 88 ilhas e ilhéus, 20 das quais habitadas, numa extensão de 2,6 quilómetros quadrados, albergando cerca de 33 mil habitantes.

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