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Guerra na Ucrânia e eliminação de energias fósseis dominam agenda do G20

Começaram a chegar esta manhã, quinta-feira, dia 8 de Setembro, à capital indiana, Nova Deli, os líderes das 20 maiores economias do mundo para o habitual encontro anual.

Segundo a agência Bloomberg, os termómetros bateram os 40º na última segunda-feira na capital indiana, o dia mais quente do mês de Setembro em 85 anos. Este calor intenso acontece numa época de monções abaixo do normal, registando o Agosto mais seco em mais de um século.

Desde que a Índia assumiu a presidência do G20 para 2023, não conseguiu obter consenso para uma declaração conjunta em nenhum dos principais pontos de discussão anteriores. Um dos principais obstáculos tem sido as objecções da Rússia e da China à formulação da referência à invasão total da Ucrânia por Moscovo.

De acordo com a agência Reuters, houve uma grande limpeza nas ruas da capital, tendo sido retirados animais como macacos, cães e gatos vadios. As lojas, escritórios e escolas do centro da cidade foram encerrados por razões de segurança.

A questão da guerra na Ucrânia e também a eliminação das energias fósseis devem marcar a agenda de trabalhos.

Mas há baixas de peso. Vladimir Putin da Rússia e Xi Jinping da China, são os grande ausentes. A Rússia far-se-á representar pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, enquanto a China será representada pelo primeiro-ministro, Li Qiang. Apesar de não haver uma razão formal apontada pelos dois países, as rivalidades e as questões geopolíticas são factores a ter em conta para ausência dos dois líderes.

O presidente dos EUA, que já está a caminho da Índia, deve assumir, por isso, um papel central nesta cimeira. Joe Biden vai participar numa série de iniciativas conjuntas sobre as alterações climáticas e também como mitigar as consequências económicas e sociais da guerra travada pela Rússia na Ucrânia, adiantou à Reuters o conselheiro para a segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

Outro dos destaques, será a Índia que preside ao G20 numa altura em que se consolida como potência espacial ao colocar uma nave espacial na Lua em Agosto último. O primeiro-ministro anfitrião, Narendra Modi, apresenta já o país como líder do Sul Global. O primeiro-ministro indiano pretende fazer pressão para que o bloco de potencias económicas passe também a ser integrado pela União Africana, tornando-se assim num G21.

Mas, deste encontro, não são esperados grandes consensos, sobretudo em relação à redução dos combustíveis fósseis, uma que que vários países como a Arábia Saudita, a Rússia, a China e a Índia, continuam a temer que a transição energética comprometa as suas economias.

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