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Governo cria políticas para assegurar o autoemprego

O vice-governador de Luanda para o sector Económico, Gilson Carmelino, assegurou, esta segunda-feira, que o Executivo tem políticas de apoio para assegurar o empreendedorismo na juventude.

Gilson Carmelino destacou que, neste momento, estão a ser criadas várias cooperativas no domínio da Agricultura e da Pesca Artesanal, no sentido de fomentar o emprego e garantir o melhor processamento do pescado.

O vice-governador falava durante o Primeiro Fórum Nacional sobre o Fomento do Autoemprego e do Empreendedorismo Juvenil, realizado pelo Ministério da Juventude e Desportos, em parceria com o Instituto Angolano da Juventude.

O dirigente considerou que a actividade serviu para apoiar jovens com iniciativas que possam gerar o autoemprego, bem como criar médias e pequenas empresas, no sentido de garantir a sustentabilidade das famílias, eliminar a vulnerabilidade e aumentar a resiliência.

Gilson Carmelino realçou que, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), está prevista a abertura de vias em zonas de difícil acesso e com grande potencial agrícola.

A nível do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), disse, além do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), estão em curso outros programas de apoio aos jovens.

“Estamos felizes por ver a capacidade técnica dos empreendedores, fundamentalmente a qualidade dos produtos, que podem facilitar a promoção de microcréditos”, realçou.

Durante o encontro, a ministra da Juventude e Desportos, Palmira Barbosa, manifestou o desejo de ver os jovens cada vez mais bem-sucedidos, com vista a fortalecerem as suas iniciativas empreendedoras.

A realização deste fórum, revelou, serviu de veículo para a discussão clara e aberta das empresas criadas por jovens, para que sejam priorizadas e beneficiadas dos financiamentos disponíveis.

Palmira Barbosa defendeu a criação de uma rede de contactos, para que os intervenientes desta cadeia de empreendedores estejam em incubadoras juvenis bem estruturadas.

A ministra destacou que a missão do Ministério da Juventude e Desportos é fazer uma permanente e eficiente advocacia a favor dos jovens, para que no meio das políticas públicas possam encorajar e combater práticas como a delinquência juvenil, gravidez precoce, analfabetismo e outros males que assolam a sociedade.

Uma das formas de combater estes problemas, revelou, é ter o maior número de jovens ocupados, em busca do seu pão de cada dia, por via do empreendedorismo.

Espírito empreendedor

Na ocasião, o secretário de Estado para a Juventude, Boaventura Chitapa, reafirmou que a prioridade do Executivo é criar postos de emprego para os jovens e cultivar o espírito de empreendedor.

Boaventura Chitapa lembrou que, no ano passado, foi constatatado  um índice elevado de jovens voltados ao empreendedorismo, mas, infelizmente, não tiveram resultados desejados, por falta de educação financeira.

Revelou que a realização desta actividade se vai  estender em outras províncias, através de seminários que promovam o empreendedorismo, com foco em debates sobre educação financeira da juventude, com o objectivo de garantir postos de trabalho eficazes e que permitam a criação de mais empregos.

Informou que, nesta primeira fase, as acções de empreendedorismo contam com parceiros do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) e do Instituto Nacional de Emprego e Formação Nacional (INEFOP), que têm como objectivo criar cooperativas, bem como médias e pequenas empresas para os jovens, de modo a garantir financiamentos através de microcréditos, de forma a reduzir o índice de desemprego.

Durante a sua dissertação, o director-geral do INEFOP, Manuel Mbangui, destacou que o PAPE é um instrumento de gestão operacional que visa complementar os esforços do Executivo em relação ao compromisso assumido sobre a implementação de Políticas Activas de Mercado de Trabalho, como mecanismo de combate à pobreza e à exclusão social. O PAPE, realçou, tem valorizado o exercício das profissões e ocupações úteis dos jovens, bem como contribuir para a melhoria do rendimento familiar e, consequentemente, o crescimento e o desenvolvimento socioeconómico do país.

O Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade contribui ainda para o processo de promoção da inclusão financeira, fiscal e social dos jovens, formando-os como empreendedores nos domínios técnico-profissional e de gestão de pequenos negócios, bem como fomentar e apoiar o espírito de iniciativa na juventude, desde os empreendedores já estabelecidos aos emergentes.

Manuel Mbangui revelou que, no domínio do Emprego e Empreendedorismo, foram criados 117.426 postos de trabalho, desde 2019.

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