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FMI revê em baixa economia angolana, mas reconhece-lhe capacidade de reembolso adequado

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento da economia angolana para este ano de 3.5 para 0.9%. Este decréscimo deve-se à queda da produção de petróleo. O FMI prevê ainda que a inflação aumente em 2023/24 devido ao aumento dos preços da energia relacionados com os reformulados subsídios aos combustíveis. No entanto, o FMI considera que, apesar dos riscos elevados, a capacidade de Angola para reembolsar o fundo é adequada e que os aumentos atingirão um pico em 2026.

Na primeira avaliação do conselho executivo do FMI, após o programa de assistência financeira, divulgada nesta terça-feira, 5 de Setembro, destacam-se a revisão em baixa de alguns indicadores, nomeadamente o Produto Interno Bruto (PIB), que deverá abrandar para 0,9% este ano, face às previsões de 3,5% avançadas em Fevereiro.

Para esta revisão em baixa contribui o decréscimo do sector petrolífero, principal sustentáculo da economia angolana, com um recuo de 6,1% (esperava-se um crescimento de 2% nas previsões de Fevereiro), que o avanço do sector não petrolífero para 3,4% (era de 4,3% em Fevereiro) não consegue compensar.

O conselho executivo do FMI destaca que as reformas bem-sucedidas, associadas aos preços do petróleo, suportaram a recuperação económica de Angola entre 2021-22, mas o declínio da produção petrolífera (de 1,2 mil milhões de barris por dia previstos em Fevereiro para mil milhões de barris/dia) traz desafios significativos”.

O recuo do sector petrolífero é justificado com as operações de manutenção temporária que se prolongaram entre finais de 2022 e o primeiro semestre deste ano.

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