FMI admite rever em alta crescimento económico de Angola para 2024
Um provável aumento da produção não petrolífera do país poderá levar o Fundo Monetário Internacional a projectarem um maior crescimento da economia angolana, do que se prevê até ao momento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) admite poder vir a rever em alta o crescimento económico de Angola para 2024, que poderá vir a ser impulsionado pelo aumento da produção não petrolífera, adiantou esta Quarta-feira, em Luanda, o representante daquela organização no país, Victor Lledo.
O responsável, que falava no final do acto de apresentação do “Relatório sobre as Perspectivas Económicas Regionais da África Subsariana” do FMI, referiu que as pressões cambiais vão se arrefecer, devido a maior oferta de divisas, em função da produção petrolífera, e a menor carga de serviços de dívida, que deverá ser observada no próximo ano.
“O outro factor positivo que já está se desenrolando, e eu acho que a submissão do Orçamento Geral do Estado 2024 ao parlamento reflecte isso, é uma reorientação da consolidação fiscal, rumo ao objectivo de médio prazo de atingir a ancora fiscal de 60%”, apontou o representante da instituição de Bretton Woods.
Por outro lado, Victor Lledo, considerou que a redução gradual dos subsídios aos combustíveis representará uma poupança significativa de recursos do Governo. Em relação ao combate à inflação, o quadro do FMI apelou às autoridades angolanas a se manterem vigilantes e que considerem “a adopção de políticas monetárias restritivas até que existam sinais claros de um abrandamento da inflação”.
De lembrar que o Governo, na proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo ano, entregue na última Terça-feira à Assembleia Nacional, prevê para 2024 um crescimento económico de 2,8%, “sustentado única e exclusivamente pelo sector não petrolífero”, que ascender 4,6%, antevendo um decréscimo de 2,6% da produção petrolífera.