
Febre bolsista com a entrada das acções do BFA
As acções do Banco de Fomento Angola (BFA) iniciaram as negociações, esta terça-feira, dia 30, na bolsa angolana a valorizar 25%, para 61 875 kwanzas, numa estreia descrita como “um sucesso” por um analista de mercados, anunciou a agência Lusa.
A estreia foi impulsionada pelo forte interesse dos investidores, reflectindo o excesso de procura registado na abertura do capital do BFA, segundo o especialista de mercado financeiro, Silveira Nunda, , citado pela Lusa, considerando que a valorização poderia ter sido ainda maior, mas foi limitada pela regra da Bolsa de Valores e Títulos Angolanos (Bodiva), que impõe um limite máximo de 25%.
O especialista lembrou que o elevado nível de procura já tinha ficado patente na Oferta Pública de Venda (OPV): “O rateio foi em torno de 19% ou 20%, isso fez com que os investidores não tivessem as suas ordens todas satisfeitas.”
Uma pressão que se traduziu numa forte valorização, embora limitada: “A acção valorizou de 49 500 kwanzas inicialmente para 61 875 kwanzas. Entretanto, este aumento só atingiu este patamar por conta das limitações regulatórias da Bodiva. Nenhuma acção deverá ter uma valorização no início acima de 25%”, explicou.
Apesar da valorização, a negociação foi reduzida com o mercado a movimentar “apenas em torno de 3,8 milhões de kwanzas, com seis transacções e 63 acções comercializadas”, acrescentou Nunda.
Para o analista financeiro, isso resulta da escassez de venda disponível. “Existem muitas ordens de compra pendentes, de 400 mil, 600 mil, 500 mil acções, mas ninguém quer vender porque os investidores têm a expectativa que o preço da acção poderá duplicar ao longo desta primeira semana”, frisou.
Segundo Silveira Nunda, essa expectativa está alinhada com a experiência de outras entradas em bolsa: “Com excepção do Banco Angolano de Investimentos, todos os IPO [Oferta Pública