EUA impõem sanções ao Presidente do Zimbabwe
Os Estados Unidos da América impuseram, esta segunda-feira, dia 4, sanções contra o presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, e a mais 12 pessoas pelo seu alegado envolvimento em corrupção e graves violações dos direitos humanos.
Além de Mnangagwa, integram a lista o vice-presidente Constantino Chiwenga, o brigadeiro-general Walter Tapfumaneyi e o empresário Kudakwashe Tagwirei, ao abrigo da lei de responsabilização em direitos humanos Global Magnitsky.
Num comunicado, citado pela Voz da América (VOA), a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional diz que “continuamos a testemunhar graves abusos dos direitos políticos, económicos e humanos”, no Zimbabwe.
Adrienne Watshon afirma que “os ataques à sociedade civil e as severas restrições à actividade política sufocaram as liberdades fundamentais, enquanto os principais intervenientes, incluindo líderes governamentais, desviaram recursos públicos para ganhos pessoais. Estas actividades ilícitas apoiam e contribuem para uma rede criminosa global de suborno, contrabando e branqueamento de capitais que empobrece comunidades no Zimbabwe, na África Austral e noutras partes do mundo.”
A porta-voz do Conselho de Segurança nacional afirma que as acções para retirar o programa de sanções anterior e impor sanções aos principais intervenientes no âmbito do programa de sanções Global Magnitsky fazem parte de um esforço contínuo para garantir que “estamos a promover a responsabilização por graves abusos dos direitos humanos e corrupção de uma forma direcionada e estratégica”.
Por seu lado, o secretário de Estado considerou que as novas medidas faziam parte de uma “política de sanções mais forte e mais dirigida” e expressou sua preocupação com “casos graves de corrupção e abuso dos direitos humanos.”
Mnangagwa, cujo partido, a ZANU/PF, está no poder há mais de quatro décadas, foi declarado vencedor nas eleições realizadas em Agosto do ano passado que, segundo observadores internacionais, ficou aquém dos padrões democráticos.
Este é o segundo líder consecutivo do Zimbabwe a enfrentar sanções dos Estados Unidos, depois do veterano Presidente Robert Mugabe.