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Chinesa Sinohydro Construction vai investir mais de 100 milhões de USD no âmbito do Planagrão

A empresa chinesa Sinohydro Construction Angola vai investir mais de 100 milhões de dólares no desenvolvimento de infra-estruturas do Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (Planagrão). O memorando de entendimento que oficializa o investimento foi assinado ontem, quinta-feira, dia 24, em Luanda, entre o ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, e o representante da empresa, Li Xunfeng.

De acordo com uma nota avançada pela agência Lusa, o Planagrão, lançado pelo Governo angolano em 2022, tem como objectivo promover a produção de arroz, soja, milho e trigo na região leste do país. A primeira fase do projecto prevê a exploração de uma área de mil hectares, estando a decorrer estudos para identificar as culturas mais adequadas às características do solo.

“A seguir vamos estudar e planear a ampliação das áreas a explorar nas províncias do leste de Angola”, afirmou Li Xunfeng. O responsável destacou ainda que a Sinohydro está presente em Angola há 20 anos e que o seu primeiro projecto no país foi também ligado à irrigação agrícola.

De acordo com Isaac dos Anjos, este é o segundo investimento anunciado, numa única semana, com empresas chinesas, tendo em vista dinamizar os primeiros 30 mil hectares de um total de 500 mil previstos pelo Planagrão. As áreas abrangidas situam-se nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Moxico Leste, Cuando e Cubango.

“Com este acordo, vamos dar início a este engajamento para tornar efectiva a abertura das primeiras áreas de trabalho e assim avançar com a expansão da fronteira agrícola no âmbito do Planagrão”, afirmou o ministro da Agricultura e Florestas. O objectivo é alcançar uma produção de grãos em larga escala que permita também a exportação.

“Há mercados que estão a ser oferecidos, e o mercado da soja é o principal interesse que os parceiros nos estão a apresentar”, referiu o governante, acrescentando que 60% da produção será destinada à exportação e 40% ao mercado interno. O Governo está aberto a novos investidores, pois “chão não falta, água também não, importa que haja boa vontade”.

Cada província identificou 500 mil hectares disponíveis, com núcleos iniciais de 30 mil hectares, divididos em parcelas entre 400 e mil hectares. A Sinohydro terá direito de exploração das terras por um período de 25 anos, isento de qualquer imposto sobre aquelas.

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