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CFB transporta mais de um milhão de passageiros de Janeiro a Dezembro

Um total de 1,3 milhão de pessoas foi transportado em 2022, pelos comboios dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB), no troço Lobito (Benguela) até ao Luau (Moxico).

Em declarações ao Jornal de Angola, o presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, António Cabral, à margem da tradicional cerimónia de cumprimentos de fim de ano ao governador de Benguela, Luís Nunes, o gestor da empresa informou que em termos de mercadorias foram transportadas cerca de 300 mil toneladas.

Explicou que, anualmente, os comboios do CFB transportam entre 250 e 300 mil toneladas, número alcançado em 2022.

Sobre a facturação, António Cabral esclareceu que os comboios de mercadoria é que dão suporte financeiro aos CFB, justificando que os de passageiros são, meramente, sociais e os preços são “muito baixos”, o que faz com que a facturação esteja mais acentuada na transportação de mercadorias.

Indicou como constrangimentos, o insuficiente número de carruagens para poder transportar os passageiros como se almeja, sobretudo, da estação do Luena, que serve quatro províncias, fazendo com que haja maior quantidade de clientes naquele entreposto ferroviário.

“Porém, este ano, conseguimos colocar em circulação mais uma locomotiva, de forma que hoje temos um comboio expresso que liga o Lobito-Luena, outro entre Huambo-Luau (Luena) e outro, que parte às terças-feiras, que liga Cuito (Bié) – Luena – Luau (Moxico) ”, disse.

Salientou que, em 2022, foi aumentado, também, o comboio que faz a ligação Cuito – Luena – Luau (Moxico) às quartas-feiras. Indicou que no traçado Luena para o Luau há comboio todos os dias (de segunda a sexta-feira).

Segundo o responsável, o balanço é positivo. “Estamos no fim de 2022 e almejamos que 2023 seja melhor, sobretudo, no trabalho que é servir o povo”, vaticinou, para acrescentar que para o ano prestes a terminar o movimento ferroviário pode ser considerado positivo.

“Temos estado a cumprir com os programas dos comboios, porém, o objectivo é melhorar sempre, sobretudo na mobilidade da po-pulação e há perspectivas de aumentarmos, em 2023, o número de carruagens para melhorar a mobilidade e transporte de pessoas e mercadorias”, assegurou.

O que se pretende, esclareceu, é ter um comboio recoveiro, que outrora se chamava “Camacove”, que, conforme as explicações do PCA dos CFB, está na forja, de modo a que se possa transportar todas as pequenas mercadorias da população e dos camponeses. A meta é evitar que a população tenha mercadorias retidas.

O objectivo é, também, pôr em funcionamento um comboio no traçado Lobito (Benguela) – Huambo. “Está em falta, também, este comboio, de modo a que possamos melhorar o tráfego neste traçado”, indicou.

O presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB) assegurou que em 2023 o objectivo é fazer com que a circulação do comboio que liga Lobito (Benguela) – Huambo seja um facto.

“Temos carruagens que podemos colocar em circulação, estando já em curso os aspectos técnicos de substituição de rodas”, explicou, adiantando que logo que se conclua o processo, garantir a movimentação do comboio.

Estancamento de ravinas

As autoridades estão empenhadas para estancar possíveis ravinas que tendem a ameaçar a circulação dos comboios dos Caminhos-de-Ferro de Benguela no traçado Benguela – Moxico.

Segundo o responsável, existe uma ravina no KM  877, na região de Cangumbe, controlada e, segundo António Cabral, já se estão a criar condições para estancá-la.

“Vamos continuar a fazer o trabalho e evitar que a circulação dos comboios esteja em risco”, assegurou.

 

Unidades múltiplas

As unidades múltiplas dos Caminhos-de-Ferro de Benguela poderão entrar em funcionamento ainda este ano.

O PCA do CFB, que garantiu tal facto, explicou que foi feito o trabalho de preparação para que a entrada em movimento das referidas unidades seja um facto.

Assegurou que já fez os testes de linha e a qualquer momento elas poderão entrar em funcionamento.

Consórcio vai dinamizar Corredor do Lobito

O Corredor do Lobito vai ser dinamizado com a implementação de vários programas do Executivo.

O presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB), António Cabral, disse que a dinamização do Corredor do Lobito é de iniciativa central.

Disse que o plano prevê o aumento de frequências para dinamizar a transportação de pessoas e mercadorias.

“O Corredor do Lobito vai ser dinamizado. Essa é a intenção do Governo. O objectivo do Executivo é aumentar as frequências e dinamizar as trocas comerciais”, disse.

Garantiu que tal desiderato será cumprido porque o concessionário vai, do lado do Congo Democrático, fazer investimentos para se alcançar as metas de três milhões de toneladas a serem transportadas por ano.

“Actualmente estamos a transportar 300 mil toneladas. Se o concessionário chegar aos indicadores pretendidos, vai ser bom para o país, na medida em que se vai proporcionar mais empregos e ter maior fluxo de comboios neste troço Lobito (Benguela) – Luau (Moxico)- Congo Democrático, economicamente estaremos bem”, assegurou.

O CFB, que atravessa Angola do Este ao Leste, é o maior e mais importante modal do tipo no país. Sua “testa” é o Porto do Lobito, na costa atlântica, de onde exporta todo o tipo de produtos, desde minérios a alimentos, componentes industriais, cargas vivas e outras.

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