Autoridades de saúde angolanas em alerta máximo em relação à mpox
As autoridades sanitárias de Angola estão a seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar que a mpox, que assola a vizinha República Democrática do Congo (RDC), entre no país.
Foram considerados negativos os três casos suspeitos de mpox notificados recentemente em Angola. Um deles foi detectado na província de Cabinda e os restantes dois na Lunda-Sul. Um dos indivíduos é de nacionalidade congolesa e supostamente tinha comido carne de macaco nos últimos sete dias.
Mas, após os exames laboratoriais, o director do Gabinete de Saúde da Lunda Sul, Viegas Almeida, disse que eram casos de varicela. “Vamos continuar a acompanhar. A investigação continua no Instituto de Investigação do Ministério da Saúde, mas no que tem a ver com varíola do macaco está descartada qualquer hipótese de ser essa doença”, anunciou, citado pela Deutsche Welle (DW).
Num comunicado enviado recentemente à imprensa, o Ministério da Saúde disse que “continua a aplicar as recomendações da OMS” sobre a doença. Entre as recomendações estão o reforço da vigilância epidemiológica e laboratorial, a investigação de casos suspeitos, o rastreamento dos contactos e aplicação das medidas de isolamento e biossegurança.
Angola partilha uma vasta fronteira com a RDC, fundamentalmente nas províncias do Moxico e Lunda Norte e Sul, leste do país. Por isso, Viegas Almeida quer o envolvimento da população na prevenção dessa doença: “Continuamos a apelar à vigilância por parte da população em todos os sentidos. Devem denunciar todos os casos de uma doença estranha que venham a observar nas suas comunidades onde vivem para rapidamente notificarem os serviços de saúde e irmos ao encontro das nossas populações”.