
Autoridades angolanas recolheram mais de 31 mil armas de guerra
Angola recolheu, nos últimos três meses, 31.392 armas de guerra na posse de empresas privadas de segurança e sistemas de autoprotecção, tendo já importado mais de 14 mil armas de defesa pessoal, avançaram, ontem, quinta-feira, dia 5, as autoridades policiais, citadas pela agência Lusa.
De acordo com o director-adjunto de Segurança Pública e Operações da Polícia Nacional, superintendente-chefe Lázaro da Conceição, entre Fevereiro e Junho deste ano, foram também recolhidos 35.388 carregadores e 214. 613 munições, atingindo assim 82% da meta estabelecida pelas autoridades.
Lázaro da Conceição referiu que o objectivo da “Operação de Recolha de Armas de Guerra em Posse das Empresas Privadas de Segurança e Sistemas de Autoproteção” é retirar, deste sector, armamentos proibidos e substituí-los por armamento autorizado por lei.
A recolha deste tipo de armas atingiu mais de 90% das metas em quase todas as províncias, com excepção de Luanda, capital de Angola, e do Cunene.
O oficial da Polícia Nacional angolana sublinhou que as armas de guerra devem ser substituídas pelas de defesa, conforme prevê a Lei sobre as Empresas Privadas de Segurança, estando 12 empresas privadas licenciadas para a importação de armamento de defesa pessoal.
Até à presente data, foram importadas 14 320 armas de defesa, das quais foram já comercializadas 12 771 unidades – 9955 espingardas e 99 pistolas.
De acordo com o responsável, terminou o período para a entrega coerciva de armas de guerra, pelo que as empresas que continuarem a operar com este tipo de armamento serão responsabilizadas criminalmente, nos termos do Código Penal e do Regime Geral das Contra-ordenações.
Lázaro da Conceição apelou à população para denunciar as empresas que ainda façam uso de armas de guerra.