Angola reitera bom ambiente de negócios para investidores
Angola reiterou, quinta-feira, em Beijing, República Popular da China, a contínua promoção de políticas de diversificação económica para melhorar o ambiente de negócios, atrair mais investimentos e transformar, de maneira mais eficaz, os importantes recursos naturais em riqueza, para oferecer emprego e bem-estar às populações.
Ao discursar durante a Mesa-Redonda de Alto Nível do Fórum de Cooperação China -África (FOCAC), em representação do Presidente João Lourenço, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, sublinhou que Angola tem aproveitado as oportunidades de cooperação que estabelece com o Estado chinês e outros países de África para obter bons resultados nas áreas das infra-estruturas, desenvolvimento da indústria, da agricultura, turismo e exploração mineira, diversificando assim a sua economia.
“É importante trabalharmos juntos, para garantir a implementação de vários projectos de forma sustentável e inclusiva. Estamos confiantes de que, com o esforço conjunto de todos os participantes, podemos alcançar um futuro risonho e sustentável para a China e os países africanos”, perspectivou Téte António.
O ministro referiu, ainda, que o país defende a dinamização da cooperação triangular e Sul-Sul, para fazer face aos desafios comuns que o mundo enfrenta, citando como exemplos as pandemias, mudanças climáticas, rápido crescimento demográfico, social e económico, bem como as transformações tecnológicas.
Segundo o jornal de Angola, em face disso, Téte António disse ser essencial definir as áreas adequadas, no sentido da obtenção de resultados e benefícios positivos a todos os Estados envolvidos na iniciativa “Cinturão e Rota”, lançada pela China em 2013, considerando uma das mais ambiciosas iniciativas de infra-estruturas e de desenvolvimento global “dos nossos tempos”, com foco na construção de uma rede de infra-estruturas interconectadas na promoção do comércio internacional, e que oferece, igualmente, um potencial significativo para transformar a economia e infra-estruturas dos países africanos.
“Importa frisar que, no actual cenário global, os desafios são mais complexos e multidimensionais, que vão além-fronteiras, afectando os Estados nos mais variados domínios. Daí a relevância do tópico deste painel do FOCAC, iniciativa ‘Cinturão e Rota’, que nos convida para o reforço da cooperação e a definição de estratégias proactivas, para o alcance destes objectivos”, acrescentou, saudando as “dez medidas” anunciadas pelo Presidente da China, Xi Jinping, que disse ser bastante relevante, em virtude de incluírem a conectividade.
Téte António sublinhou, ainda, as excelentes relações bilaterais desfrutadas por Angola e China, tendo considerado que a mesma “galvaniza” o processo de desenvolvimento de infra-estruturas em território angolano e “servem de motor para a viabilidade do desenvolvimento e a diversificação económica”.
“O momento é, também, oportuno para reiterar o reconhecimento do papel desempenhado pela China no processo de reconstrução de Angola, após a conquista da paz, em 2022, trazendo para o nosso país investimento directo e tornando-se parceiro principal na construção de infra-estruturas notáveis, como estradas, pontes, barragens hidroeléctricas, urbanização habitacional, escolas, hospitais, caminhos-de-ferro, portos e aeroportos”, reconheceu.