Angola reafirma política externa baseada no respeito e igualdade entre os Estados
Angola continuará a desenvolver a política externa com base nos princípios do respeito e igualdade entre os Estados, de resolução pacífica dos conflitos, de cooperação entre os povos, do progresso e de justiça social, reiterou, domingo, o Ministério das Relações Exteriores, em mensagem alusiva ao 12 de Novembro, dia do Diplomata angolano.
“É neste espírito que Angola continua na senda da consolidação da democracia e do crescimento económico, premissas indispensáveis na solução dos problemas mais prementes das populações e que fazem de Angola uma referência internacional”, destacou o ministro das Relações Exteriores, Téte António.
Segundo o chefe da diplomacia angolana, o Executivo continuará, também, a estratégia de promoção da inserção competitiva no contexto internacional e de tirar as maiores vantagens da cooperação com outras nações, de modo a elevar sempre e cada vez mais a qualidade de vida do povo.
Nesta perspectiva, o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) reafirmou que o país vai continuar a jogar o seu importante papel no processo de pacificação em África, em particular nas regiões onde está inserida, nomeadamente, na SADC, na CGG, na CEEAC e na CIRGL.
Fazem parte dos desafios de Angola a aposta numa política de diplomacia da paz, por via de mecanismo de prevenção e resolução de conflitos, diálogo permanente, e a promoção da cooperação bilateral com os países vizinhos, baseada nos princípios da igualdade, de vantagens recíprocas e do respeito pela soberania.
O governante referiu que o Executivo, liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, tem vindo a conduzir uma diplomacia virada para a captação do investimento estrangeiro privado para ajudar o processo de diversificação da economia, que encoraja todos os diplomatas a contribuir de forma efectiva e eficaz.
Téte António sublinhou que, ao nível interno, o MIREX vai prosseguir as reformas em curso, com o objectivo de criar melhores condições de trabalho para os funcionários, visando uma diplomacia mais actuante e assertiva.
Quanto aos recursos humanos, o ministro esclareceu que manterá o programa de qualificação e rejuvenescimento dos quadros, ao mesmo tempo que considera um dever assegurar a progressão na carreira prevista na lei.
“O MIREX vai manter os esforços necessários com vista a dar seguimento do programa de redimensionamento das missões diplomáticas e postos consulares, ajustando, assim, o funcionamento destas à actual conjuntura económica e financeira do país”, ressaltou o governante no documento.
Para Téte António, o Dia do Diplomata Angolano, assinalado ontem, associa-se ao 11 de Novembro, data da Independência Nacional, “a maior conquista do povo angolano, celebrada este ano num ambiente particularmente importante” ao ganhar mais um património económico para servir a África e o Mundo (o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto), inaugurado pelo Presidente João Lourenço.
O ministro das Relações Exteriores considerou que a diplomacia angolana comemora o 12 de Novembro, cujo facto tem muita honra, por recordar, com satisfação, os quadros nacionais que ao longo dos anos sempre estiveram comprometidos com a causa dos objectivos estratégicos da política externa da República de Angola.
“Neste dia tão importante, saudamos as ilustres figuras que se notabilizaram pelo servir com espírito de missão, abnegação e dedicação para que Angola conseguisse alcançar a paz, a unidade e a estabilidade que hoje desfrutamos”, observou Téte António, sem “deixar de recordar com o elevado respeito, dignidade e referência, às novas gerações de diplomatas angolanos, cujos nomes o tempo jamais os apagará na história da diplomacia angolana, nomeadamente, de Paulo Teixeira Jorge, Afonso Van-Dúnem (M’binda), Pedro de Castro Van-Dúnem (Loy) e Venâncio de Moura, pelas acções em prol da consolidação da Independência de Angola”.
Para o governante, também é importante lembrar, com profunda nostalgia, os antigos titulares da pasta das Relações Exteriores, nomeadamente, José Eduardo dos Santos, João Bernardo de Miranda, Assunção dos Anjos, Georges Rebelo Pinto Chikoti e Manuel Domingos Augusto, e de outros servidores da diplomacia que já não fazem parte do convívio, mas que marcaram uma época, “deixando legados indeléveis de profissionalismo e de dedicação no desempenho das missões em prol da diplomacia”.
Téte António frisou que, logo após o alcance da Independência, o Ministério das Relações Exteriores assumiu a responsabilidade de contribuir para a consolidação do próprio Estado e a defesa da soberania nacional, afirmando-se como vanguarda para a inserção de Angola no contexto internacional, particularmente em África.