
Angola pretende mais investimento chinês em infra-estruturas e desenvolvimento digital
O Governo angolano apelou, ontem, segunda-feira, dia 13, aos empresários chineses para alargarem investimentos em infra-estruturas e na conectividade no país, garantindo empenho na digitalização dos sectores empresariais e um ambiente propício para investimentos e parcerias que potenciem o desenvolvimento económico a longo prazo.
Segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola, Mário Oliveira, as transformações e inovações tecnológicas no país estão a potenciar várias indústrias nacionais e a permitir que milhares de jovens ganhem consigam um emprego de longa duração.
“Com o apoio de empresas da China e de Angola, estamos a consolidar uma parceria estratégica mutuamente vantajosa, que já dura há mais de 15 anos e com resultados satisfatórios”, afirmou o governante, citado pela agência Lusa, na abertura da conferência sobre a “A Influência do Sector Empresarial Chinês na Economia Nacional de Angola”.
Mário Oliveira enalteceu e agradeceu a todos os empresários chineses que investiram no país, pedindo que “continuem a aplicar [em Angola] toda a sua inteligência e sabedoria tecnológica, que é das mais avançadas do mundo, e que continuem a fazer investimentos em infra-estruturas e conectividade.”
Aos empresários chineses, Mário Oliveira assegurou que o órgão que tutela está empenhado em incentivar a digitalização dos sectores empresariais, “criando assim um ambiente propício para investimentos e parcerias que potenciem o desenvolvimento económico a longo prazo.”
De acordo com o ministro angolano, o estreitamento das relações comerciais entre as duas nações tem-se revelado um pilar fundamental para a dinamização da economia angolana, tendo ainda destacado o “crescimento significativo” das trocas comerciais entre os dois países.
As trocas comerciais “têm crescido significativamente, impulsionando não só as exportações nacionais, mas também criando oportunidades de investimento e emprego que beneficiam directamente os angolanos”, realçou.
Refira-se que Luanda e Pequim cooperam há 42 anos e o volume de trocas comerciais atingiu os 24 mil milhões de dólares em 2024.
Mário Oliveira destacou ainda a “significativa contribuição” da China na construção de infra-estruturas para alavancar a área empresarial da comunicação social angolana e na formação e capacitação de quadros no sector que tutela.
A conferência, que decorre em Luanda, é uma co-organização da televisão angolana TV Zimbo, que comemora 17 anos, e da Câmara de Comércio Angola-China, na âmbito das comemorações dos 50 anos de independência do país.