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Angola pode ter reserva de produtos nacionais

O esforço conjunto e coordenado dos sectores da agricultura, indústria e comércio permitirá ao País constituir uma reserva estratégica alimentar sustentável, assegurou o ministro da Agricultura.

Francisco de Assis passou a mensagem, recentemente, no discurso de abertura da V Conferência Economia & Mercado Sobre Agricultura, em Luanda, tendo reconhecido ser um desiderato difícil de se concretizar sem o crescimento da produção nacional, que é dependente do aumento da produtividade.

“ESTAMOS NO BOM CAMINHO, POIS OS RESULTADOS ALCANÇADOS REFLECTEM NÍVEIS DE CRESCIMENTO DE PRODUÇÃO QUE PODEMOS CONSIDERAR JÁ SATISFATÓRIOS, EMBORA AINDA MUITO TÍMIDOS”, DISSE O MINISTRO PARA MAIS ADIANTE AFIRMAR QUE A PRODUÇÃO AUMENTOU 5,6% NO ANO AGRÍCOLA 2021 – 2022, EM RELAÇÃO AO ANTERIOR (2020 – 2021).

Para que o crescimento seja sustentável e se reflicta na vida das populações, afirmou, torna-se necessário alargar os níveis de intervenção na agricultura familiar, que representa mais de 90% da área trabalhada com cerca de 80% da produção agrícola.

O auxiliar do Titular do Poder Executivo disse ser também imperioso a criação de políticas de suporte e incentivo para promover o investimento em grande escala, a fim de se garantir o aumento da produção agrícola no País.

Quanto ao ano agrícola 2022 – 2023, Francisco de Assis anunciou que num universo de 1,7 milhão de camponeses diagnosticados, foram assistidas 1,2 milhão de agricultores, o que representa 72,2% das famílias rurais.

Relativamente aos programas de fomento à actividade agrícola, continuou,  estão a ser implementados programas financiados pelas instituições multilaterais, tais como o MOSAP 2 (em fase de conclusão); o projecto de desenvolvimento das cadeia de valor de Cabinda; projecto de reforço de resiliência dos agricultores familiares.

Também consta do leque de projectos, como assegurou o governante, o MOSAP 3, em fase inicial de execução, que vai introduzir escolas de campo agropecuário.

Está igualmente em curso o projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (DAC), direccionado para pequenos e médios produtores comerciais, financiado pelos bancos comerciais e a Agência Francesa de Desenvolvimento, que visa garantir assistência técnica, financiamento comparticipado e apoio à comercialização.

“MANIFESTO A NOSSA SATISFAÇÃO PELO TRABALHO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ENVOLVIDAS NESTE PROJECTO COM DESTAQUE PARA O BANCO FOMENTO ANGOLA (BFA) E BANCO SOL, SEM MENOSPREZAR TAMBÉM O APOIO DE OUTROS BANCOS”, ALUDIU.

Disse reconhecer o esforço empreendido pela banca comercial, no âmbito do Aviso nº 10 do Banco Nacional de Angola (BNA), mas ainda assim precisam de ser mais agressivos, pelo que solicita a criação de linhas de financiamentos à medida da realidade dos pequenos e médios produtores.

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