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Luanda entre as 6 cidades africanas com mais de 10 milhões de habitantes em 2035

Segundo um relatório da Economist Intelligence Unit sobre cidades africanas, esta semana divulgado, seis cidades deste continente, incluindo Luanda, terão mais de 10 milhões de habitantes em 2035, com a população jovem em expansão do continente a torná-lo a região de urbanização mais rápida do mundo.

A capital angolana, Luanda, e o centro comercial da Tanzânia, Dar-es-Salam, juntar-se-ão às metrópoles do Cairo, Kinshasa, Lagos e Grande Joanesburgo, com populações superiores a 10 milhões de habitantes.

 

As cidades africanas, jovens e em crescimento, são vistas como uma fonte inesgotável de criatividade e inovação. Esta urbanização acelerada, que fará com que mais de metade dos africanos vivam em vilas e cidades até 2035, deverá criar riqueza, dinamismo e oportunidades de negócio, refere o documento.

 

Mas, acrescenta: “A sobrepopulação, os aglomerados informais, o elevado desemprego, os serviços públicos deficientes, os serviços de utilidade pública sobrecarregados e a exposição às alterações climáticas são apenas alguns dos principais desafios que os planeadores urbanos terão de enfrentar.”

 

Em 2035, para além das seis megacidades, o continente terá 17 áreas urbanas com mais de 5 milhões de pessoas e cerca de 100 outras com mais de 1 milhão.
Das 100 maiores cidades em 2035, espera-se que Adis Abeba, na Etiópia, cresça a uma taxa média anual de 10,6%, seguida de Kampala (Uganda), Dar-es-Salam (Tanzânia) e Abidjan (Costa do Marfim), com taxas superiores ou próximas de 9%.

 

Prevê-se que a população urbana do continente atinja quase mil milhões em 2035, contra cerca de 650 milhões no ano passado. Prevê-se que a África Oriental seja a região com o crescimento mais rápido da população urbana, seguida da África Central e da África Ocidental.

 

Segundo a EIU, as “megalópoles em crescimento” incluem uma faixa de 600 quilómetros da costa ocidental de África, desde Abidjan, na Costa do Marfim, para leste, passando pelo Gana, Togo e Benim, até Lagos, na Nigéria, que “poderá tornar-se um dos maiores corredores urbanos do mundo até 2035”, com mais de 50 milhões de pessoas.
Outras potenciais megalópoles identificadas situam-se no Cairo e em Alexandria, no Egipto; Joanesburgo e Pretória, na África do Sul; num “centro urbano dos Grandes Lagos” que engloba Nairobi, no Quénia, e Kampala, no Uganda; e em agrupamentos em Marrocos e na Argélia.
As Nações Unidas estimam que a população de África quase duplicará nos próximos 30 anos, atingindo 2,2 mil milhões de pessoas. Cerca de 70% da população tem menos de 30 anos.

 

Melhoria da mobilidade de Luanda irá custar 3.200 milhões de dólares 

 

O Governo de Angola tem planos arrojados para melhorar muito a mobilidade urbana da capital, Luanda. Os projectos do metro e Bus Rapid Transit (BRT) são os grandes trunfos. Até 2030 espera interligar os transportes públicos para fomentar o crescimento socioeconómico sustentável que Luanda precisa.

 

O Programa para a Melhoria da Mobilidade Urbana de Luanda (PRO-MMUL) vai custar pelo menos 3.200 milhões USD e contempla a construção e equipamentos para o futuro metro de superfície da capital, bem como para a construção de linhas rápidas para autocarros no sistema BRT, vedação e passagens superiores para o Caminho de Ferro de Luanda. De fora deste valor está a verba que será gasta na expropriação de terrenos para a materialização do Programa.

 

Deste montante, o Metro de Superfície de Luanda (MSL) é o que vai consumir a maior fatia (78%), com 2.505 milhões USD entre trabalhos de engenheira, equipamentos e construção da linha.

 

O metro é a “joia da coroa” deste Programa para a Melhoria da Mobilidade Urbana de Luanda, que o Governo chama agora a si à responsabilidade de concretizar depois de aparentemente ter falhado a tentativa de parceria público-privada.
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