Acordo dá Angola acolhimento da 147ª Assembleia-Geral da UIP
A Assembleia Nacional (AN) e o secretariado da União Inter-parlamentar (UIP) assinaram, terça-feira, em Manama, capital do Reino do Bahrein, o acor-do para a realização da 147ª Assembleia-Geral, em Outubro deste ano, em Luanda.
O acordo assinado pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e pelo secretário-geral da UIP, Martin Chungong, estabelece as regras para a realização do evento.
Com a assinatura do acor-do, Angola se compromete a executar todas as orientações da UIP, antes e durante o evento marcado para o mês de Outubro do ano em curso, em Luanda.
Segundo Carolina Cerqueira, Angola assume a responsabilidade e o compromisso de, mais uma vez, dignificar o país, realizando um evento que represente o peso do Parlamento angolano na conjuntura regional e internacional, um Parlamento forte, democrático, sensível ao género, engajado na d-fesa da ecologia e, sobretudo, que responda aos anseios, preocupações e sonhos dos angolanos.
Carolina Cerqueira avançou que, para o início das tarefas estabelecidas, foi já criada uma comissão organizadora e delineadas as principais linhas de actuação, os eventos paralelos, contando, ainda, com o apoio do UIP, para que o encontro de Luanda possa promover e desenvolver o intercâmbio e criar pontes de solidariedade, concertação, de diálogo e, sobretudo, de actuação a favor do bem-estar e da melhoria das condições sociais das populações.
Adiantou que o país vai aproveitar a ocasião para mostrar a sua hospitalidade, a sua cultura, bem como promover o turismo.
A presidente da Assembleia Nacional deu ainda a conhecer que, em termos humanos, materiais e técnicos, estão criadas as condições essenciais, com um quadro humano dinâmico, participativo e engajado e de deputados que vão mostrar a experiência de organização.
Por seu turno, o secretário-geral da UIP, Martin Chungong, afirmou que a assinatura do acordo representa o casamento entre Angola e a organização.
Para o responsável, Angola e o seu Parlamento dão, uma vez mais, uma demonstração do seu comprometimento para com a promoção dos ideais democráticos.
Martin Chungong adiantou que a organização já começou a sensibilizar os seus membros para se fazerem presentes em Angola, a fim de participarem neste evento que servirá para a abordagem de assuntos de interesse comum.
Ao longo da 146ª Assembleia-Geral da UIP, Angola colheu experiências da coordenação do evento do Bahrein, durante um encontro entre a presidente do Parlamento, Carolina Cerqueira, e o presidente da Comissão Organizadora, Jamal Fakhro.
A delegação angolana aproveitou o momento para recolher informações detalhadas sobre a organização do evento, “bebendo” da experiência do Bahrein para o êxito do conclave de Luanda.
Durante a Assembleia-Geral da UIP, os parlamentares analisaram as estratégias da organização nas alterações climáticas, a responsabilização a todos os níveis, bem como a transformação de discursos em acções de combate às alterações climáticas.
Em abordagem constou ainda o reforço sobre a legislação climática para reduzir as emissões de gás carbono e o apoio para uma transição de energias limpas.
A União Inter-Parlamentar é composta por 178 Parlamentos nacionais e 12 assembleias regionais. Actualmente é o principal interlocutor parlamentar das Nações Unidas.
Carolina Cerqueira considera positiva a presença de Angola
A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, considerou, ontem, positiva a participação de Angola na 146ª Assembleia-Geral da União Inter-parlamentar (UIP), que decorre desde o dia 11 em Manama, Reino do Bahrein.
Falando à imprensa após assinatura do acordo com o secretário-geral da UIP, Martin Chungong, para a realização da 147ª assembleia da organização, em Luanda, em Outubro deste ano, Carolina Cerqueira frisou que a presença dos parlamentares angolanos foi, também, interactiva, pois permitiu a troca de experiência e de intercâmbio com congéneres de outros países.
“Trouxemos uma delegação interpartidária, em que a pluralidade da Assembleia Nacional, o equilíbrio do género e geracional ficaram representadas”, asseverou.
Carolina Cerqueira adiantou que a delegação angolana transmitiu uma óptima imagem de Angola. “Transmitimos a imagem de um país em que as mulheres estão representadas na Assembleia Nacional ao mais alto nível, um país em que a juventude tem uma palavra a dizer nos grandes temas da conjuntura internacional, um país em que a coexistência pacífica e partidária é uma realidade. Conseguimos provar que a tolerância, o diálogo, a concertação são apanágios no Parlamento angolano”, reforçou Carolina Cerqueira.