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Manutenção da Paz nos Grandes Lagos leva Téte António ao encontro de Kagame

O processo de pacificação na Região dos Grandes Lagos e a tensão que se regista entre o Rwanda e a República Democrática do Congo levaram, segunda-feira (31), o ministro angolano das Relações Exteriores e enviado especial do Presidente João Lourenço a ser recebido pelo Chefe de Estado rwandês, Paul Kagame, em Kigali, depois de já ter se deslocado à Kinshasa onde manteve conversações com Felix Tshisekedi.

Na sequência da missão como enviado especial do Chefe de Estado angolano e presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Téte António, ministro das Relações Exteriores, esteve, em Kigali, onde foi recebido, no princípio da tarde de ontem, 31 de Outubro, por Paul Kagame, Presidente do Rwanda.

Durante o encontro, as partes passaram em revista o clima de tensão reinante nas relações entre a República Democrática do Congo e o Rwanda, marcadas com incidentes na fronteira co-mum e que terá provocado a expulsão de Vincent Karega, embaixador do Rwanda em Kinshasa.

Na audiência, o ministro Téte António fez-se acompanhar do general José Luís Caetano Higino de Sousa “Zé Grande”, director-geral dos Serviços de Inteligência Externa (SIE), do embaixador Miguel César Domingos Bembe, director para África, Médio Oriente e Organizações Regionais do Ministério das Relações Exteriores, e de Eduardo Octávio, embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola na República do Rwanda.

A deslocação de Téte António a Kinshasa e a Kigali inscreve-se no quadro da mediação angolana do diferendo entre a República Democrática do Congo e o Rwanda.

João Lourenço, Presidente da República de Angola, reiterou, no passado dia 24 de Outubro, na 8ª edição do Fórum Internacional de Dakar sobre a Paz e a Segurança em África, o seu empenho na resolução do diferendo que opõe os países em causa.

A actual escalada da tensão entre a RDC e o Rwanda deve-se ao ressurgimento do Grupo M-23 que, em 2012, fez oposição ao Go-verno congolês e gerou um violento conflito que forçou o deslocamento de milhares de pessoas na província do Kivu Norte.

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