Estamos juntos

‘Os Mangais de Angola’: Obra sobre resiliência climática chega ao país após lançamento na ONU

O caso de estudo é um dos mais potentes ecossistemas do universo. As múltiplas funções atestam a sua importância: sequestradores de dióxido de carbono, protecção contra erosão, berçário de espécies marinhas e fonte de subsistência de comunidades. ‘Os Mangais de Angola’ estão, agora, compilados num livro que chegou, esta semana, às bancas do país, após lançamento de estreia, em 2024, nos corredores das Nações Unidas.

Na ficha técnica da obra, um nome sonante das causas de defesa do meio ambiente em Angola salta à vista: Fernanda Renée, a quem é atribuída a principal responsabilidade por ter colocado os mangais na agenda do país, quando, há cerca de nove anos, começou a percorrer, a partir do Lobito (sua terra natal), o litoral de Angola para salvar os mangais e a sua biodiversidade do desflorestamento.

A sua iniciativa, através da ONG Otchiva, muito cedo ganhou notoriedade nacional e internacional. Aliás, é por esta razão que a ONU chamou para si o lançamento inédito, em Nova Iorque, do livro ‘Os Mangais de Angola’ durante a sua 79.ª Sessão da Assembleia Geral e Cimeira do Futuro, fóruns globais onde a protecção ambiental e as alterações climáticas estiveram no centro do debate.

Musonda Mumba, secretária-geral da Conservação de Ramsar sobre Zonas Húmidas, é quem assinou o prefácio do livro que Fernanda Renée partilha a autoria com Karélia Botelho (directora Nacional de Educação Ambiental) e Zeca Daniel. A obra é o resultado de expedições em seis províncias da costa angolana.

Biodiversidade, comunidades vizinhas de zonas húmidas, ameaças à sobrevivência dos ecossistemas, educação ambiental e restauração e conservação de mangais fazem o conteúdo do livro patrocinado pela Sonangol, empresa que, em 2021, inaugurou o programa ‘Carbono Azul’ sob os desígnios de contributo para a “sustentabilidade ambiental e o futuro de Angola” como assinalou o PCA da petrolífera.

“A Sonangol, enquanto empresa pública estratégica, reconhece que o desenvolvimento económico só é verdadeiramente sustentável quando caminha lado a lado com a protecção do ambiente, a valorização do conhecimento científico e a responsabilidade social”, afirmou Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, perante uma plateia repleta de individualidades de vários estratos da sociedade angolana.

Antes da intervenção de Pai Querido, tinha assumido o púlpito Ana Dias Lourenço. Nas breves considerações sobre o lançamento da obra ‘Os Mangais de Angola, a Primeira-Dama da República reafirmou o seu comprometimento com as causas defendidas por Renée & companhia: “Sinto-me bastante agradecida também por ser parte de todo este acontecimento que nos levou até aqui”.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...