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Angola exporta mais 80 milhões de barris em três meses

O país exportou, de Abril a Junho do presente exercício económico, cerca de 82,92 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em receitas brutas na ordem dos 5,6 mil milhões de dólares, num período em que os preços das ramas angolanas tive uma média de 67,9 dólares por barril, enquanto a média do Brente datada se situou nos 67,8 dólares por barril.

A informação foi avançada ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor, durante a abertura da sessão de apresentação do comportamento da indústria petrolífera no 2.º Trimestre de 2025, dando conta de que o volume exportado no período em referência representa uma diminuição de 3,8 por cento face ao trimestre anterior, equivalente uma contracção de 13,6 por cento, em comparação com o período homólogo no ano transacto.
Segundo Jânio Correia Victor, citado pelo jornal de Angola, que representou o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, justificou os resultados com o comportamento do preço do petróleo no mercado internacional caracterizado por uma acentuada volatilidade, inerente a factores geopolíticos, económicos e de mercado.
O agravamento da guerra comercial entre os Estados Unidos da América e a China, com a imposição recíproca de tarifas elevadas, pelo aumento da produção da OPEP+, do Cazaquistão e da Guiana, bem como pela acumulação de stocks de petróleo bruto e produtos refinados nos Estados Unidos foram apontados entre os mais expressivos.
O declínio do rácio de utilização das refinarias, a retoma das operações petrolíferas no Canadá e a revisão em baixa das previsões de crescimento económico, na análise do secretário de Estado, constituem factores que alimentaram as expectativas sobre a oferta e abrandamento da procura.
“Não obstante este contexto desfavorável, importa sublinhar que diversos factores contribuíram para conter quedas mais acentuadas e, em determinados momentos, estabilizar os preços. Destacam-se, neste âmbito, as tensões geopolíticas envolvendo o Médio Oriente, em particular entre Israel, o Irão e os Estados Unidos, bem como o prolongamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, informou.
A imposição de sanções às refinarias chinesas e a empresas ligadas ao petróleo iraniano, os receios de disrupção da oferta no Estreito de Ormuz e os incidentes com navios petroleiros também influenciaram o mercado e foram elencadas entre os factores.
O presidente da Comissão Executiva da Sonangol Trading & Shipping, Luís Manuel, ao apresentar a síntese das realizações da Sonangol e da ANPG, durante o 2.ª trimestre de 2025, apontou para um volume de venda na ordem dos 41. 821. 253 barris, um incremento de 2.6 milhões de barris em relação ao período homólogo de 2024.
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