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Angola arranca com dois novos projecto petrolíferos offshore

Angola deu, ontem, quarta-feira, dia 23, um passo significativo para travar o declínio da sua produção de petróleo bruto, com o arranque de dois novos projectos offshore que vão acrescentar 60 mil barris por dia (bpd) à oferta nacional, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG)

Segundo a agência Reuters, Angola, o segundo maior produtor de petróleo da África Subsaariana – depois da Nigéria – reviu a sua regulamentação em matéria de petróleo e gás para atrair empresas de energia e ajudar a estabilizar a produção de crude, que caiu para metade devido à maturação dos campos desde que atingiu um pico de cerca de 2 milhões de bpd em 2008.

No ano passado, o Presidente, João Lourenço, aprovou uma lei que oferece novos incentivos para aumentar gradualmente a produção em blocos offshore, depois de Angola ter decidido abandonar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP) na sequência de uma polémica sobre a atribuição da produção de crude.

Os dois projectos – CLOV offshore e Begónia – produzirão separadamente 30 mil bpd.

Localizado no Bloco 17, o projecto CLOV 3 será ligado a um navio flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) já existente e ajudará Angola a manter a sua produção global acima de 1 milhão de bpd, de acordo com funcionários do Governo e da ANPG.

“Esta é uma boa notícia para o país. O primeiro petróleo é sempre muito importante”, afirmou Paulino Jerónimo, presidente do conselho de administração da ANPG, em comunicado.

Recorde-se que o Bloco 17 é operado pela TotalEnergies com uma participação de 38%, juntamente com a Equinor (participação de 22,16%), ExxonMobil (19%), Azule Energy (15,84%) e Sonangol E&P (5%).

Situado a cerca de 150 quilómetros (93 milhas) da costa angolana, Begónia é o primeiro desenvolvimento submarino inter-blocos do país que liga os Blocos 17 e 17/06 e utiliza o FPSO Pazflor.

“Vamos produzir petróleo de um bloco utilizando as instalações existentes de outro”, afirmou Martin Deffontaines, director-geral da TotalEnergies Angola, num comunicado.

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