União Europeia vai disponibilizar 50 milhões de euros para cadeia de valor agrícola no Corredor do Lobito

O anúncio foi feito na sexta-feira, dia 21, na cidade de Lubango, pela embaixadora da UE no país, Rosário Bento Pais, durante a 10.ª reunião do conselho de administração do programa “Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional” (FRESAN).

A diplomata afirmou que o corredor é importante para o transporte global e pode impulsionar a economia e a criação de emprego nas províncias vizinhas: “A prioridade da UE em Angola será o desenvolvimento do Corredor do Lobito, não apenas como infra-estrutura de transporte, mas como eixo de crescimento económico.”

O plano prevê a descentralização do eixo económico do país e a aproximação das províncias do sul (Cunene, Huambo, Huíla, Cuanza Sul) ao desenvolvimento regional.

A UE confirmou a continuidade do Plano Multianual 2021-27, que envolve a governação, a educação, a formação profissional e a economia, incluindo sectores como a agricultura, o turismo e a economia circular.

A estratégia Global Gateway (abordagem da UE para promover ligações sustentáveis, limpas e seguras em todo o mundo) será o mecanismo de financiamento das acções, com um fundo de 403 milhões de euros.

Refira-se que o programa FRESAN desenvolveu projectos para a segurança alimentar e a resiliência climática: meio milhão de sementes foram usadas para reflorestação, expandindo áreas florestais e pastagens. Foram também construídas 430 infra-estruturas hidráulicas para servir 230 mil pessoas nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.

A iniciativa introduziu um pacote educacional sobre a alimentação no sul de Angola e produziu uma tabela sobre a composição dos alimentos na região. A FRESAN investiu também 65 milhões de euros em 19 projectos centrados na segurança alimentar, na nutrição infantil, nos riscos climáticos e nas catástrofes.