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UE vai apoiar associações de produtores de coco em STP com 117 mil euros

Numa primeira fase, o Instituto Marquês de Valle Flôr inaugurou a sede da Associação “Coco Miradora” de produtores de coco de São Tomé e Príncipe, um investimento de 27,6 mil euros da União Europeia.

O Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) inaugurou a sede da Associação “Coco Miradora” de produtores de coco, em Dona Augusta, São Tomé e Príncipe, através de investimento de 27,6 mil euros, no quadro Projecto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação (PAFAE).

A inauguração foi feita no último sábado, durante uma visita realizada com a Embaixadora da União Europeia (UE) no Gabão, para São Tomé e Príncipe e a CEEAC – Comunidade Económica dos Estados da África Central, Cécile Abadie.

Trata-se da primeira de quatro sedes de associações de produtores de coco a ser inaugurada, no quadro do apoio à criação/renovação de espaços associativos, num investimento global de cerca 117 mil euros.

Com esta acção, segundo um comunicado citado pela revista FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, as associações de produtores passam a dispor de um espaço para apoio a actividades produtivas, bem como para a gestão associativa.

De acordo com um modelo participativo, a gestão da obra ficou a cargo dos membros da associação, permitindo o reforço da capacidade de governança das associações. Entretanto, o PAFAE tem promovido o apoio organizacional às associações e cooperativas de produtores, através da capacitação sobre associativismo e cooperativismo, liderança e tesouraria.

A embaixadora da União Europeia no Gabão, para São Tomé e Príncipe e a CEEAC, Cécile Abadie, visitou ainda a obra de melhoramento do Centro de Processamento de Cacau da Associação “Grupo Crescente” dos Produtores de Cacau de Qualidade de Mestre António.

“Esta associação, filiada na Cooperativa de Exportação de Cacau de Qualidade (CECAQ-11), foi uma das 25 associações beneficiárias das subvenções às associações de produtores filiadas numa cooperativa agrícola de uma cultura de exportação, cujo valor global disponível é de 250 mil euros”, lê-se na nota.

Com um investimento de cerca 10 mil euros foi possível melhorar as infra-estruturas de processamento do cacau, nomeadamente ao nível da fermentação, secagem e armazenamento, concretamente através da construção de uma vedação do secador melhorado, de quatro caixas de fermentação e de um armazém.

A elaboração de todas as propostas apresentadas, segundo o documento consultado pela FORBES, teve por base um modelo participativo, que envolveu os membros das associações na identificação das suas necessidades e na procura de soluções para a resolução dos seus problemas específicos.

“Em muitas associações, a produção das culturas ultrapassa a capacidade física de processamento dos produtos, pelo que a melhoria das infra-estruturas permite colmatar as actuais condições e melhorar a qualidade da produção e, consequentemente, aumentar o rendimento dos produtores”, realça a nota.

O Projecto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação (PAFAE) diz que financiou também em 200 mil euros a obra de reabilitação do Centro de Transformação de Pimenta da CEPIBA, inaugurada em Agosto de 2022, com o objectivo de contribuir para a melhoria da qualidade da pimenta produzida e processada em São Tomé e Príncipe. Beneficiam desta infra-estrutura todos os produtores de pimenta associados à cooperativa, ou seja, mais de 250 associados.

No entanto, o documento avança ainda que, paralelamente, o projecto está a preparar a realização de formações em higiene e segurança alimentar, que permitirão aos funcionários da cooperativa garantir a qualidade constante da pimenta, que desta forma irá ao encontro das exigências dos mercados internacionais, “valorizando assim a pimenta de origem são-tomense”.

O PAFAE é financiado pela UE, cofinanciado pelo Camões e implementado pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), em parceria com o Ministério de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca de São Tomé e Príncipe. O projecto tem vindo a contribuir para a fortalecimento da economia e a criação de emprego no país, no sector das fileiras agrícolas de exportação, de acordo ainda com a nota.

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