Estamos juntos

Troca de reféns entre Israel e Hamas não irá ocorrer antes de sexta-feira

O conselheiro de segurança de Israel, Tzachi Hanegbi, não deu nenhuma explicação para o atraso na troca de reféns por prisioneiros palestinianos. A lista foi divulgada oficialmente pelas autoridades israelitas ontem, quarta-feira, dia 22.

Israel e Hamas anunciaram que chegaram a um acordo para a libertação de 50 reféns israelitas na Faixa de Gaza em troca de cerca de 150 prisioneiros palestinianos, além de uma trégua de quatro dias nos combates. No entanto, apesar do cessar-fogo temporário ter sido confirmado pelas partes em conflito e pelos países mediadores, EUA e Qatar, Hanegbi não adiantou quando poderá ter início a trégua.

Quando a trégua se iniciar, os combates devem ser temporariamente interrompidos. A aviação e as tropas israelitas não dispararão. O Hamas deverá abster-se de disparar rockets contra Israel. Os aviões de guerra israelitas, disse o Hamas, devem parar de sobrevoar o sul de Gaza, durante seis horas diárias.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse ontem, quarta-feira, 22, que este acordo para uma trégua temporária também prevê a visita do Comité Internacional da Cruz Vermelha para a entrega de medicamentos aos reféns israelitas mantidos pelo Hamas em Gaza. Mas o Hamas e a Cruz Vermelha ainda não confirmaram esta informação.

Embora várias famílias israelitas estejam agora felizes pelo regresso dos seus entes queridos, um número significativo de reféns provavelmente permanecerá em cativeiro, incluindo homens, mulheres, idosos e estrangeiros.

As famílias que não estão incluídas no actual acordo provavelmente manterão a pressão sobre o primeiro-ministro israelita para tentar garantir a libertação dos reféns num acordo futuro.

Do lado palestiniano, entre os que podem ser libertados estão muitos adolescentes detidos durante as ondas de violência na Cisjordânia, em 2022 e 2023. São acusados de delitos como o lançamento de pedras ou perturbação da ordem pública, segundo uma lista de prisioneiros elegíveis publicada pelo Ministério da Justiça de Israel, país que mantém detidos cerca de sete mil palestinianos.

Na faixa da Gaza, embora o cessar-fogo de quatro dias conceda aos palestinianos do enclave uma breve calma, não se espera que as centenas de milhares de pessoas que fugiram da zona de combate e se dirigiram para o sul possam regressar às suas casas. Espera-se que as tropas israelitas permaneçam nas suas posições, no norte de Gaza.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...