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Senegal: Coligação do presidente Macky Sall mantém maioria absoluta

A coligação do presidente Macky Sall, no Senegal, conquistou 82 deputados, nas eleições legislativas de 31 de julho, de acordo com os resultados finais, mantendo uma maioria absoluta na Assembleia Nacional, graças a um acordo pós-eleitoral.

Dos 165 lugares da Assembleia, a coligação do Presidente Macky Sall tem agora 82 deputados, contra os 125 conseguidos em 2017, disse o Conselho Constitucional na noite de quinta-feira, confirmando os números provisórios anunciados a 04 de agosto pela Comissão Nacional do Recenseamento dos Votos (CNRV).

Ainda assim, esta força ganhou uma maioria absoluta de 83 deputados, contra 82 para a oposição, com a contabilização de um deputado da oposição, Pape Diop, antigo presidente da Assembleia Nacional e do Senado.

Diop anunciou na quinta-feira, durante uma conferência de imprensa, que tinha “tomado a decisão de aderir” à coligação presidencial para evitar “um bloqueio no funcionamento das instituições” no Senegal.

E adiantou que dada a natureza presidencial do sistema político senegalês, uma Assembleia Nacional sob o controlo da oposição conduziria inevitavelmente a uma crise institucional, que estaria repleta de “todo o tipo de perigos”.

A Assembleia Nacional tornar-se-ia então, “não um contrapoder, mas sim um estrangulamento à ação do Presidente da República e do seu governo”, disse Pape Diop.

A aliança da oposição ganhou 80 lugares no Parlamento, incluindo 56 para a coligação “Yewwi Askan Wi”, liderada pelo principal opositor Ousmane Sonko, e 24 para “Wallu Senegal”, liderada pelo ex-presidente Abdoulaye Wade (2000-2012), de acordo com o Conselho Constitucional.

Os outros dois deputados da oposição provêm das fileiras de duas outras pequenas coligações de partidos.

A aliança da oposição tinha anunciado que não iria recorrer ao Conselho Constitucional, por falta de confiança no tribunal.

Yewwi Askan wi também se tinha queixado, a 04 de agosto, sobre a “recusa” do CNRV de o deixar “verificar” as atas das votações em quatro localidades do norte do país, num bastião do Presidente Sall.

A oposição tinha anunciado que pretendia uma vitória nas eleições legislativas para impor uma coabitação ao Presidente Sall e pressioná-lo a desistir do seu plano de concorrer novamente nas eleições presidenciais de 2024.

O Presidente Sall, eleito em 2012 por sete anos e reeleito em 2019 por cinco anos, permanece vago quanto às suas intenções.

Prometeu que nomearia um primeiro-ministro – um cargo que aboliu em 2019 e repôs em dezembro de 2021 – do partido vencedor nas eleições

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