Sector privado investe 1,7 mil milhões de dólares na área produtiva
O volume do investimento privado em Angola cifrou-se em cerca de 1,7 mil milhões de dólares norte-americanos ( 1 USD equivale a Kz 828), fruto da implementação de 211 projectos de vários domínios, nos últimos cinco anos, no país.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), Lello Francisco, os respectivos projectos estão, essencialmente, ligados ao sector produtivo, com realce para à indústria transformadora, agricultura, comércio, entre outros.
Ao intervir na primeira edição de 2024 do ‘CaféCipra’, promovida esta quarta-feira, em Luanda, pelo Centro de Imprensa da Presidência da República de Angola (CIPRA), o gestor referiu que os projectos implementados fazem parte de um universo de 699 intenções de investimentos que AIPEX recebeu em cinco anos.
Com a implementação da totalidade desses investimentos, prevê-se a criação de 70 mil postos de trabalho directo, de acordo com o PCA.
Justificou que o grau de implementação dos projectos recebidos ainda está abaixo do desejado, por causa, principalmente da pandemia da Covid-19, que provocou o reajustamento de vários planos feitos pelos investidores.
Na ocasião, Lello Francisco avançou que a AIPEX teve a necessidade de se redireccionar para uma nova estratégia, no sentido de estar focada, essencialmente, na atracção de investimentos direccionados à produção local de bens de auto-consumo.
Reconheceu que o mercado interno ainda é sustentado à base das importações, mas o país tem condições para começar a produzir localmente o que precisa, com destaque aos bens essenciais.
Apontou a criação de um sector produtivo que dependa, fundamentalmente de matérias-primas nacionais, para dinamização da produção local, bem como capacitar os empresários de maneira a encararem os mercados internacionais com mais qualidade, confiança e segurança.
Sob o lema ‘Impacto do investimento privado no sector produtivo’, a primeira edição de 2024 do ‘CaféCipra’ foi orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, tendo contado também com a presença do ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, e o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira.