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Resultados da avaliação do GAFI à banca angolana só será conhecido em 2024

Vice-governador do BNA explicou que uma decisão se o país entra ou não para a ‘lista cinzenta’ do Grupo de Acção Financeira obedece um processo que deverá estar concluído apenas no próximo ano.

A possibilidade de Angola entrar ou não na ‘lista cinzenta’ do Grupo de Acção Financeira (GAFI) dependerá da avaliação da próxima reunião em Abril de 2024, afirmou o vice-governador do Banco Nacional de Angola, (BNA) Pedro Castro e Silva.

Pedro Castro e Silva, que falava esta semana à imprensa no final da 110.ª reunião do Comité de Política Monetária do banco central angolano, explicou que para se tomar uma decisão se um país entra ou não na lista cinzenta existe um processo, não devendo, por isso, ser tomada qualquer decisão a respeito na reunião [com o GAFI] que decorrerá em Abril próximo.

Na eventualidade do GAFI decidir por um acompanhamento reforçado, acrescentou, o país tem um ano para recorrer as deficiências que foram identificadas.

“Atento a isso, o Executivo aprovou uma estratégia de combate ao branqueamento de capitais, da qual deve-se emanar planos de acção por parte de todas as identidades que foram avaliadas pelo GAFI, que inclui supervisores do sistema financeiro, nomeadamente o próprio BNA, a Comissão do Mercado de Capitais e a Agência de Regulação e Supervisão de Seguros.

Questionado se todos os bancos do sistema financeiro angolano cumpriram a obrigatoriedade imposta pelo regulador de aumentar para 15 mil milhões de kwanzas o seu capital social mínimo, o vice-governador do BNA afirmou disse haver “um ou dois casos que estão a ser acompanhados”, sem no entanto especificar.

Quanto aos problemas que afectaram a banca internacional, nomeadamente o Crédit Suisse, na mesma conferência de imprensa, o governador do banco central do país, José de Lima Massano, afirmou que a banca angolana não tem exposição direta, embora tenha admitido que “as coisas estão interligadas”.

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