
Presidente sul-africano não quer divisão entre compatriotas por causa da guerra Israel-Hamas
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou, hoje, segunda-feira, dia 20, que o conflito entre Israel e o Hamas “não deve servir para aprofundar divisões entre os sul-africanos”.
O presidente abordou este ponto na sua carta semanal, afirmando que era “preocupante e inaceitável”. Ramaphosa e o ANC têm manifestado sempre a sua solidariedade para com os palestinianos. “O apoio à luta palestiniana não pode ser equiparado ao antissemitismo”, afirmou Ramaphosa, que condenou ainda um jornal israelita que considerou o apoio do seu governo aos palestinianos como um sinal de que o país “encoraja pogroms” contra a comunidade judaica sul-africana. A carta instava os sul-africanos a não se colocarem uns contra os outros durante o desenrolar do conflito.
Recorde-se que na semana passada, a África do Sul disse que o governo de Israel devia ser alvo da jurisdicção do Tribunal Penal Internacional (TPI) devido às suas acções no conflito de Gaza.
Israel tem sempre argumentado que os seus bombardeamentos e a subsequente invasão de Gaza, são actos de autodefesa, na sequência do ataque do Hamas a Israel, em 7 de Outubro, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 230 foram feitas reféns.