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Portugal: Bispo apela jovens a emigrarem legalmente

O bispo da diocese de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, pediu nesta terça-feira, em Lisboa, aos jovens angolanos que pretendem emigrar a fazerem-no de forma organizada e legal não se aproveitando do momento que lhes é proporcionado para outros convívios.

Dom Belmiro Chissengueti falava durante a homilia que marcou a missa da Comunidade Católica Angolana nas Jornadas Mundiais da Juventude 2023 que teve início nesta terça-feira, em Portugal, com a presença do Papa Francisco.

De acordo com o Bispo, existem seis angolanos que estão desaparecidos dos acampamentos, sublinhando que os mesmos são livres de fazerem o que bem pretendem só não é certo abusarem da instituição que lhes confiou a oportunidade de tirarem o visto para participarem nestas jornadas.

” As pessoas são livres de emigrarem, ou seja, de procurarem melhores condições de vida, como saúde, educação, trabalho entre outros. Só não devemos aceitar que oportunistas se aproveitem de momentos ou ocasiões que nada têm a ver com a emigração, referiu.

Segundo o também responsável da delegação da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) na Jornada Mundial da Juventude, as notícias más ganham cada vez mais velocidade na sua divulgação do que as boas, porquanto desde que os angolanos chegaram a Portugal já realizaram várias actividades boas e que pouco ou nada se falou, mas a do desaparecimento dos jovens foi logo rápido.

De referir que esta missa, que decorreu numa igreja localizada no local denominado como o “epicentro das jornadas”, reuniu mais de 600 fiéis de diferentes nacionalidades e foi animada com duas interpretações da cantora angolana Té Macedo, que reside em Portugal.

Ao lado de Dom Belmiro Chissengueti, esteve Dom Zacarias kamuenho, Arcebispo Emérito da Huíla e ainda vários padres angolanos que estão em Portugal. Assistiu também à cerimónia, a Cônsul-Geral de Angola em Lisboa e uma delegação da Embaixada de Angola em Portugal.

Nas Jornadas Mundiais da Juventude 2023, Angola participa com mais de 1.500. jovens, na sua maioria residentes em Portugal. O evento, que acontece de três em três anos, junta centenas de milhares de jovens católicos de várias partes do mundo, com o foco em questões ligadas ao enquadramento e posicionamento da juventude em torno dos problemas sociais e políticos nas comunidades.

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