Oficinas do CFM vão produzir sobressalentes para linha-férrea
As oficinas do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM-EP) começam, este ano, a produzir parafusos de sustentabilidade de travessas da linha-férrea e responder aos furtos desses sobressalentes, que colocam em risco a segurança no transporte ferroviário.
Cada parafuso no exterior custa 30 dólares norte-americanos e, com a produção local desse material, vai se reduzir a importação, além de ajudar a melhorar a manutenção dos respectivos ramais, segundo o presidente do conselho de administração da empresa, António Coelho da Cruz.
Ao proceder a apresentação do tema “Infra-estruturas Ferroviárias”, nas jornadas de Revitalização do Processo de Transformação e Exportação do Minério de Ferro e Rochas Ornamentais da Região sul de Angola, sem revelar a capacidade de produção diária, afirmou que o foco do investimento é, também, abastecer as congéneres de Benguela e de Luanda.
Para além de poupar recursos, o gestor disse que é um investimento que vai contornar os constrangimentos da morosidade que se regista na obtenção dos mesmos, a partir do estrangeiro, originado atrasos na manutenção do traçado.
Nesta senda, salientou, há um outro investimento que foca-se na produção os septos e calços para os comboios.
Um outro investimento na forja, conforme o PCA, passa também pela construção de novos ramais em todos os pontos de acesso com o apoio dos operadores, sendo que os único existentes são o de Tchamutete, no município da Jamba, estaleiro da Hiper Máquinas no Saco Mar, zona industrial no km 27 na província do Namibe e muito recentemente o de descarga do ferro gusa.
O CFM é uma entidade pública tutelada pelo Ministério dos Transportes, onde laboram mais de 1.600 trabalhadores. Estende-se por uma extensão de 860 quilómetros da linha ferroviária entre o Namibe, Huíla e Cuando Cubango, onde estão construídas 56 estações.