Ocupações ilegais danificam parque natural da Mupa
As ocupações ilegais no sul de Angola ameaçam actualmente a sobrevivência de diferentes espécies de flora e fauna no Parque Nacional da Mupa, alerta Tchingungo Contreira, chefe do Departamento do Ambiente na província do Cunene.
Contreira lamentou a deterioração da reserva natural devido às plantações agrícolas nas margens do rio Cunene e às fazendas e aos ranchos de gado nas localidades de Kingomgama, Muongo Aakanhenga, e Okauva.
Devido à invasão humana, muitas espécies tendem a desaparecer, especialmente uma subespécie de girafa, nomeadamente a Giraffa Camelopardalis angolensis, cuja protecção esteve na origem da criação do parque Mupa em 1964, disse o ambientalista em Ondjiva.
A par desta, realçou que os elefantes, palancas vermelhas, onça, avestruzes, zebra, leopardo, hiena, abutres, javalis macacos, jibóias estão, igualmente, em vias de desaparecerem do parque.
Para inverter a situação, o governo provincial criou uma comissão em 2020 para realizar um inquérito turístico e contratou seis outros inspectores.
Para inverter esta situação, Tchingungo Contreira afirmou que o governo da província criou, em 2020, uma comissão encarregue para o levantamento do potencial turístico, tendo-se ainda contratado seis fiscais.
No âmbito do relançamento e funcionamento dos parques nacionais, está em curso o processo de estudo para a construção da administração do referido parque.
O Parque Nacional da Mupa foi estabelecido como Reserva de Caça em 1938 e transformado em Parque Nacional em 1964.