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Moçambique entra no mercado de captura de carbono com apoio de agência dos EUA

A Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) vai financiar nos próximos três anos, com dois milhões de dólares, um programa ambiental moçambicano para captar investimentos internacionais de captura de carbono.

Em causa, segundo informação da USAID consultada hoje pela Lusa, está a criação do programa “Planeta”, para facilitar a atração desses investimentos e projectos para Moçambique, a implementar pela CrossBoundary LLC e que fornecerá aos parceiros moçambicanos, públicos e privados, “os conhecimentos necessários para estabelecer as ligações e implementar os acordos” de compensação de carbono.

“O programa de três anos irá apoiar um plano de 10 projectos, oferecendo serviços de aconselhamento aos promotores de projectos e ligando os promotores de projectos locais aos mercados internacionais de emissões de carbono”, explica a USAID.

A agência de cooperação norte-americana garante que esses projectos “terão um impacto ambiental e económico positivo para as comunidades moçambicanas”.

“O ‘Planeta’ representa uma vitória para os moçambicanos, para o sector privado e, em última análise, para o planeta”, sublinhou a directora da missão da USAID em Moçambique, Helen Pataki.

O financiamento de projectos de captura e armazenamento de carbono pela aposta em projectos de preservação ambiental é uma forma de as empresas poluentes, responsáveis pela libertação de dióxido de carbono, reduzirem o balanço das suas emissões.

“Isto representa uma oportunidade para Moçambique, que pode armazenar grandes quantidades de carbono nas suas extensas florestas tropicais. A indústria de captura de carbono terá um crescimento exponencial e este novo prémio irá posicionar Moçambique como um interveniente importante no mercado”, explica a USAID.

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