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Ministro destaca papel de Angola e do Quénia na pacificação dos Grandes Lagos

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, destacou, esta sexta-feira, em Nairobi, o papel dos presidentes de Angola, João Lourenço, e do Quénia, William Ruto, na resolução de conflitos regionais, especialmente na pacificação da região dos Grandes Lagos.

Téte António, que falava no encerramento da I reunião Comissão Mista Angola/Quénia, sublinhou que, na qualidade de Campeão da União Africana para Paz e Reconciliação, o Presidente João Lourenço tem impulsionado os processos de Nairobi e de Luanda para a procura da solução nesta região do continente.

O ministro destacou  a importância do Quénia enquanto actor regional, continental e no sistema internacional.

A este título, congratulou-se com o empenho na pacificação da região Leste dos Grandes Lagos, através da facilitação de Uhuru Kenyatta, antigo Presidente daquele  país,  que tem liderado, em nome da Comunidade da África Oriental (CAO), as negociações ao abrigo do Processo de Nairobi.

Téte António aproveitou ainda para felicitar o Quénia pelo papel e mandato da Missão Multinacional de Apoio a Segurança (MSSN) no Haiti, recentemente aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, através da resolução 2699 de 2023.

“Estamos em crer que essa intervenção vai conferir a África um grande prestígio, enquanto actor relevante do sistema internacional.

Visita histórica

Segundo o ministro, a visita oficial do Presidente de Angola, João Lourenço, ao Quénia vai marcar de forma indelével a história dos dois países, com um novo ciclo no aprofundamento da cooperação económica, comercial e de investimentos.

Téte António reiterou o interesse de Angola em intensificar a cooperação com o Quénia, através da  exploração das diversas potencialidades disponíveis, com vantagens recíprocas, nomeadamente nos domínios Político-Diplomático, do Reforço das Capacidades dos Quadros da Função Pública, da Saúde, bem como da Agricultura e Florestas.

Neste quadro, reconheceu o  contributo do Quénia no processo que levou à independência de Angola, recordando a assinatura do Acordo de Nakuru, entre os três movimentos de libertação angolanos, sob mediação do então Presidente Jomo Kenyatta, a 21 de Junho de 1975.  Angola tornar-se-ia independente, uns meses mais tarde.

“Marcamos uma nova etapa no fortalecimento das relações bilaterais e de cooperação entre os dois países. E, portanto, um momento histórico que nos permitirá intensificar as excelentes relações bilaterais”, disse.

Referiu que os instrumentos jurídicos que serão assinados no ramo da cooperação económica, no decurso desta visita, vão reforçar o engajamento de Angola na Zona Económica do Continente Africano, bem como na Zona de Trocas Comerciais Tripartida entre a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA) e Comunidade Económica da África do Leste, este último que Angola aderiu graças ao impulso do Quénia.

Comunidade  angolana saúda visita

A comunidade angolana no Quénia é composta por cerca de 50 cidadãos. É uma comunidade  organizada em associação, a Associação dos Angolanos Residentes no Quénia.

Simão Arnaldo, estudante de teologia no Quénia, entende que a visita do Presidente da República é bem vinda, porque este país tem muitas valências que podem ser úteis para Angola, daí a necessidade de se incrementar a cooperação.

Para si, os empresários angolanos devem aproveitar as oportunidades que este mercado oferece em vários domínios.

Para Sebastião Moniz, Angola deve  aproveitar a experiência no domínio da educação, desde a facilidade no acesso ao ensino e acompanhamento do aluno a partir da iniciação até a universidade.

Disse que a visita do Presidente João Lourenço demonstra que Angola está próxima da comunidade residente neste país da África oriental.

Vitorino da Cruz, estudante no ramo do turismo, adianta que  está  a adquirir conhecimentos que vão ajudar a desenvolver e preservar os parques nacionais, em prol do desenvolvimento do turismo e preservação da vida selvagem.

O discente defendeu o envio de mais estudantes angolanos para se capacitarem nesta área, pois, para além do incremento do investimento,  o sector do turismo necessita de quadros para o seu crescimento e contributo para a diversificação da economia.

 

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