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Ministra da Educação dá ultimato para o fim das obras de instituto politécnico

A ministra da Educação, Luísa Grilo, deu, sexta-feira, em Ndalatando, ultimato ao empreiteiro das obras de construção do Instituto Politécnico de Camuaxi, para terminar a construção do imóvel até ao mês de Setembro.

Em visita à província do Cuanza-Norte, para proceder ao lançamento da terceira fase do Projecto de Melhoria da Qualidade do Ensino nas Zonas Rurais, a ministra avisou que o Estado pode atribuir a tarefa a outro  empreiteiro, tendo em conta o incumprimento dos prazos contratuais.

Luísa Grilo explicou que os trabalhos estavam previstos para terminar oito meses depois da consignação das obras, em Junho do ano passado. Mas, de acordo com informações do fiscal, a empreitada arrancou apenas em Setembro.

A governante esclareceu que o projecto, de âmbito central, está avaliado em mais de dois mil milhões de kwanzas, correspondentes à construção e ao apetrecho do instituto, que deve entrar em funcionamento no ano lectivo 2023/2024.

Luísa Grilo frisou que o Estado já disponibilizou as verbas relativas à medição dos actuais níveis de execução da obra, daí as exigências do cumprimento das acções contratuais. “Por isso, damos mais três meses de moratória ao empreiteiro, no sentido de concluir o projecto”.

Durante a visita de trabalho de dois dias ao Cuanza-Norte, a ministra da Educação esteve em outras duas escolas do ensino primário, nos bairros Posse e Kipata, situadas na periferia de Ndalatando, onde manifestou descontentamento pelas condições de acomodação dos alunos e professores.

Segundo Luísa Grilo, os meios de ensino e técnicos disponíveis nessas instituições violam os princípios educacionais e desfavorecem o processo de ensino e aprendizagem, principalmente por se tratar de crianças menores de dez anos, a estudarem sem carteiras e em salas improvisadas.

Falta de operários

Em relação às obras do instituto de Camuaxi, o responsável pela empreitada, Xavier Bambi, avançou que o principal factor dos atrasos está ligado à fraca mão-de-obra qualificada a nível da região.

Apesar disso, o empreiteiro da obra prometeu que esforços vão ser envidados para que consiga recursos humanos e cumprir os prazos da moratória.

Valências da escola

O Instituto Politécnico de Camuaxi está a ser erguido numa área útil de dois hectares, com 19 salas e vai dispor de dois dormitórios, um refeitório, cozinha e cinco laboratórios.

O fiscal da obra, Domingos Vemba, esclareceu que o estabelecimento de ensino vai contar, ainda, com uma área residencial para o corpo directivo, lavandaria, ginásio, sala de leitura, biblioteca e uma quadra polidesportiva.

Domingos Vemba explicou que a primeira fase das obras começou em 2013 e foi paralisada dois anos depois, por conta da crise financeira.

O fiscal fez saber que, actualmente, as obras estão num nível de 28 por cento de execução física, enquanto a financeira é de 39%.

Quanto às áreas de formação, o director do Gabinete Provincial da Educação, Manuel Lourenço, aventou a possibilidade de a escola albergar, entre outros, cursos de Informática, Electrotecnia e Mecânica.

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