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Malawi necessita de cerca de mil milhões de dólares para alívio da dívida até 2027

O Malawi precisa de um alívio da dívida de quase mil milhões de dólares dos seus credores até 2027, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira, dia 22, enquanto luta contra a grave falta de medicamentos, combustíveis e fertilizantes devido à escassez de divisas.

De acordo com o portal de notícias Club of Mozambique, o país da África Austral, sem litoral, necessita de um alívio da dívida de 887 milhões de dólares entre 2023 e 2027 por parte dos seus credores comerciais, e de 99 milhões de dólares por parte dos seus credores bilaterais, destacou o FMI num relatório.

O Conselho de Administração do FMI aprovou, na semana passada, um empréstimo de 178 milhões de dólares por quatro anos ao Malawi. Obter um compromisso dos credores bilaterais China e Índia para reestruturar a sua parte da dívida externa, que era de quatro mil milhões de dólares no final de 2022, foi um requisito fundamental para o conselho do FMI assinar o empréstimo.

No início deste mês, o Malawi, um dos países mais pobres do mundo, desvalorizou a sua moeda em cerca de 30% e aumentou os preços dos combustíveis e da electricidade, enquanto na segunda-feira, dia 20, o Governo reduziu a sua previsão de crescimento para o ano para 2,7%, contra 1,5%.

Refira-se que o Malawi tem um défice de financiamento para 2023-27 – a diferença entre as suas receitas de exportação e o custo das importações e do serviço da dívida externa – de 1,6 mil milhões de dólares, pelo que a maior parte desse défice deverá ser coberto pela reestruturação da dívida, sendo o restante coberto por subvenções, empréstimos em condições favoráveis e pelo empréstimo do FMI, segundo o relatório da organização internacional.

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