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Mais de cinco mil empresas realizam actividades agrícolas em todo o país

O relatório do Recenseamento Agro-pecuário e Pescas (RAPP) divulgado esta semana em Luanda, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), faz saber que existem no país 5 858 empresas que se dedicam à actividade agrícola no país.

De acordo com o director-geral-adjunto do Instituto Nacional de Estatística (INE), Hernani Pena Luís, as empresas agrícolas do sector empresarial estão sedeados, por ordem, pelas províncias de Benguela, Huambo e Cuanza Sul.

A província de Benguela lidera com 13,8%, Huambo segue com 9,4% e o Cuanza Sul fecha o “Top 3”, com 8,3%. Entre as províncias que apresentam um menor registo de empresas ligadas as actividades agrícolas surgem Moxico, Cuando Cubango e Cabinda. Cabinda, por exemplo, apresenta uma taxa de apenas 0,8% na lista das empresas agrícolas. “Nestas regiões, a actividade agrícola é mais liderada pelo sector familiar e nas comunidades”, afirmou.

De acordo com explicações dadas por Hernani Luís, a recolha dos dados foi realizada em 2021, num período de seis meses, e, como um dos grandes resultados, é expectável que o módulo empresarial revolucione a agricultura no país pela dimensão representada. Em relação à assistência técnica a nível do território nacional, os números do RAPP mostram um rácio baixo de cerca de 4,3%.

Nesta classe, as províncias de Cabinda, Uíge e Lunda-Sul conseguiram registar alguns progressos no nível de assistência técnica, segundo Hernani Luís. Por sua vez, as províncias do Moxico, Cuando Cubango e Cabinda foram, entre 2019 e 2020, as que mais beneficiaram de assistência financeira para a realização de actividade agrícola.

Por um lado, quanto à colaboração nos processos de recenseamento, disse que a taxa da não resposta da parte dos empresários é muito elevada porque omitem muitas informações, o que é errado, já que são os mesmos que consecutivamente enviam carta s e emails aos Ministérios de formas a obterem informações sobre o sector. “A maioria dos empresários que omite informações são da classe média-alta e acabam por não colaborar”, lamentou.

Hernani Luís disse que quando os inquiridores chegam nas fazendas a maioria não permite o acesso, uma problemática que se viveu durante o RAPP.

Sector familiar

No que toca aos resultados dos agregados familiares, agro-pecuários e piscatórios, foi traçado uma margem de 2 364 880, dos quais foram recenseados um total de 2 289 644 explorações agrícolas familiares.

O director-geral do Instituto Nacional, José dos Santos Calenji, explicou que neste universo, em termos de percentagem das explorações agrícolas familiares beneficiados com a assistência técnica, realce para a província de Malanje com 5,9%, Cabinda (3,6) e Bié (2,5), respectivamente. No caso da província do Cuando Cubanngo, o resultado foi zero.

No que a área cultivada por províncias, no global, Angola representa 96,4%. Nesta classe, a Lunda Norte dispõe de 99,2%, seguida do Bengo (99,0), Moxico (98,6), Cunado Cubango (98,5), Cuanza Norte (98,4) e Huíla (98,0).

Actividade pecuária

O recenseamento feito no sector da pecuária ilustra que existe no país 1 430 606 explorações das quais 70% pertence a classe das galinhas, 31% de caprino, 21% a classe dos suínos, 18% a classe de bovinos e apenas dois por cento pertencem à classe de ovinos.

Com relação às espécies criadas, destacou, a província do Huambo lidera a maioria com cerca de 6,6%, seguido da Huíla com 6,5% e Namibe com 5,4%. A província do Uíge é a que menos representa com 0,2%. Quanto às espécies, a exploração da pecuária criada a província do Cuanza Norte lidera com 77%, seguido do Namibe com 94,6%, Zaire 90,4%. A província do Namibe é a que menos espécies tem, com uma percentagem de 70,7%.

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