
Máfia abortada chantageia assessoria de comunicação e imprensa do PR
Um grupo de cidadãos, gozando de apoio dentro de alguns gabinetes, está a levar acabo uma campanha de chantagem, calúnia e difamação contra os responsáveis do Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA), depois de esta instituição de apoio técnico ao Presidente da República ter abortado uma acção encoberta que visava extorquir o Estado.
Encabeçado por um informático, que atende pelo nome de Tomás Alberto e à testa de uma empresa opaca designada T4, o grupo concebeu um embuste que tenta vender a todo o custo como solução informática capaz de travar evasão fiscal, no país, que, na sua óptica, mais decorre nas transacções financeiras internacionais por via digital.
Para concretizar os seus intentos, Tomás Alberto e comparsas, com deficiências primárias de articulação verbal quer por via escrita quer oral, recorreu sem sucesso a várias instituições, como Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social (ao qual enviou duas cartas) e Ministério das Finanças, que, depois de analisarem o conteúdo do suposto projecto que cabe numa carta de 25 linhas, nem sequer terão dado importância à petição. Não satisfeita, a turba recorreu a uma tentativa apocalíptica, escrevendo para o Presidente da República.
Na missiva ao Presidente da República, Tomás Alberto solicita a ingerência de João Lourenço na gestão de espaços publicitários de televisões de maior audiência do país, como a TV Zimbo, no sentido de a T4 publicitar os seus serviços, de intermediação financeira nos pagamentos internacional por via digital, como viria a se perceber mais tarde. Ou seja, com a publicidade nas televisões nacionais, a empresa alcançaria maior número de clientes, no mercado nacional de pagamentos internacionais.
Em posse do rabisco bastante confuso no conteúdo e tecnicamente medíocre, diga-se, o gabinete terá buscado o conforto da área competente, que, por sua vez, sem perceber os verdadeiros objectivos do proponente, convidou-o para mais esclarecimentos que permitissem um parecer tecnicamente mais claro e convincente para a decisor final.
Na reunião, em que aparece sozinho, Tomás Alberto, como fazem os bons artistas da burla, começou por assustar os seus interlocutores ao dramatizar a situação fiscal do país nas transações internacionais, assumindo-se como a solução mais eficaz da evasão fiscal e consequentes perdas de divisas de que a economia nacional estava a ser vítima, o que eixou os responsáveis do CIPRA perplexos, tendo em conta a discrepância desta afirmação com o conteúdo da carta ao Presidente da República, que só solicitava o apoio deste na publicitação de serviços. Ou seja, não havia sintonia entre a exposição escrita e a falada, o que rapidamente deu a entender que o objectivo de Tomás Alberto ia para além de simples apoio publicitário.
Confrontado com a falta de sincronia entre o escrito e o falado, o empresário enrolava-se em contradições sucessivas, mas deixando transparecer a sua apetência por um posterior bote financeiro diante das instituições do Estado, numa só assentada.
A reunião terminaria com sugestões, da parte dos responsáveis, que orientavam para o proponente organizar as ideias, formaliza-las dentro de um projecto com uma abordagem mais clara, consistente e sistemática. Contudo, os responsáveis do CIPRA deixaram claro o seu interlocutor que o Presidente da República, enquanto garante da democracia, jamais interferiria na gestão publicitária ou mesmo informativa de nenhum órgão de comunicação social.
Aparentemente desprovido de conhecimentos elementares de actos administrativos, o PCA da T4, apesar de ter sido previamente informado, não terá percebido que aquela reunião visava a recolha de elementos pormenorizados para a produção do parecer técnico, que seguiria para os decisores finais. Daí que esteja a manifestar sinais de altos níveis de frustração e paranoias, digna de intervenção de profissionais de saúde mental.