Líder da oposição senegalesa transferido para prisão após três meses de hospitalização
O líder da oposição do Senegal, Ousmane Sonko, hospitalizado desde 6 de Agosto depois de ter iniciado uma greve de fome a 30 de Julho, foi finalmente transferido para a prisão de Cap Manuel, no centro de Dacar, na terça-feira, dia 14, à noite.
De acordo com uma fonte próxima da administração penitenciária, Ousmane Sonko tinha “suspendido a greve de fome” e estava “suficientemente recuperado para regressar à prisão”. Mas os seus advogados queixam-se de não terem sido informados. O mesmo se passou com o seu médico. Num comunicado de imprensa, classificam a decisão como uma “arrogância das autoridades”. O grupo de advogados que defende Ousmane Sonko continua a pedir a sua libertação imediata, pois considera que a sua detenção tem um carácter somente político.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal deverá pronunciar-se sobre a legalidade ou não da retirada de Ousmane Sonko dos cadernos eleitorais. Uma decisão que poderá abrir ou fechar definitivamente o caminho para o candidato presidencial.
Num comunicado de imprensa emitido ao fim da tarde de ontem, terça-feira, dia 14, a administração penitenciária confirmou que Ousmane Sonko tinha saído da unidade de cuidados intensivos do hospital por decisão do médico e que a sua transferência para a prisão de Cap Manuel “resultava de uma recomendação do seu médico pessoal.”