Japão quer investir no ramo da mineração e agricultura em Angola
O Japão pretende investir no ramo da mineração e na agricultura, sobretudo no cultivo do arroz, informou, quarta-feira, no Luena, província do Moxico, o embaixador desse país asiático em Angola, Suzuki Toru.
Ao falar à Imprensa, no final de uma audiência com o governador da província do Moxico, Ernesto Muangala, o embaixador japonês disse que, em 2024, virá uma equipe da Agência de Cultivo do seu país para averiguar as terras aráveis, recursos hídricos e outros pressupostos para o possível investimento em cereal.
Conforme o diplomata, o sector agrícola, mais concretamente a aposta me cereais interessa o seu país, olhando para o futuro investimento do corredor ferroviário do Lobito.
Por sua vez, o governador da província do Moxico, Ernesto Muangala, destacou a pretensão do Japão em investir na região.
Reiterou o apelo ao investimento privado, dada as condições que Moxico oferece para o negócio.
O embaixador do país nipónico irá trabalhar na província do Moxico durante três dias, com intuito de presenciar a entrega de zonas desminadas na periferia da cidade do Luena, para além de manter encontros com os técnicos do Grupo Consultor de Minas (MAG).
A província do Moxico possui uma área territorial de 223 mil e 23 quilómetros quadrados, dos quais 70 por cento da terra é considerada arável.
Apesar de 85 por cento do território angolano estar livre de minas, as províncias do Moxico, Bié e Cuando Cubango são as que, ainda, apresentam algum perigo de minas, segundo o Centro Nacional de Desminagem (CND).
O Governo do Japão apoia vários projectos locais em Angola, nomeadamente o programa de Assistência a Projectos Comunitários (APC) desde 1989 e o de Assistência a Projectos de Organizações Não-Governamentais japonesas.
Desde 1999, o país nipónico apoiou vários projectos comunitários na área de desminagem que ultrapassam 16 milhões de dólares não reembolsáveis.
Angola libertou 90 por cento das áreas suspeitas de contaminação por minas, entre 2015 e 2020.