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Japão investe 250 mil USD na desminagem no Cuanza Sul

Perto de 250 mil USD foram empregues, nos últimos 15 meses, pelo Governo japonês em acções de desminagem na província do Cuanza Sul, informou, esta quarta-feira, na Gabela, o embaixador nipónico em Angola, Jiro Maruhashi.

Em declarações à imprensa, durante o acto de destruição de engenhos explosivos não detonados na localidade de Calonga (Assango), o diplomata afirmou que o Japão vai continuar apoiar o programa de desminagem em Angola, com vista a ver o país livre de minas.

“Angola é um país com terras férteis, mas infelizmente muitas áreas encontram-se minadas, por isso vamos dar todo apoio necessário para que a agricultura possa se desenvolver, com o regresso das populações aos campos para produzir alimentos”, salientou.

Informou que, além da desminagem, o seu país pretende apoiar projectos agrícolas na província do Cuanza Sul.

Na ocasião, o representa da ONG vocacionada à desminagem APOPO, Manuel Agostinho, disse que o financiamento do Governo do Japão permitiu o reforço dos recursos humanos qualificados, tais como sapadores, adestradores de cães e ratos detectores de minas e líderes de equipa, que contribuíram para o aumento da empregabilidade e o reforço da capacidade de intervenção.

Lembrou que o projecto financiado pelo Governo japonês decorreu de Fevereiro de 2021 a Novembro de 2022, em parceria com o Instituto Nacional de Desminagem (INAD), sob supervisão da Agência Nacional de Acção Contra Minas.

Informou que o trabalho de desminagem realizou-se nas localidades do Ungombe, município da Cela, Cholo Cholo (Porto Amboim), Hote 2 (Sumbe), Caiongo (Ebo), Munenga (Libolol) e Calonga (Amboim), que resultaram na libertação de 1600.000 metros quadrados, assim como a destruição de 67 minas antipessoal e 4.690 engenhos explosivos não detonados.

“Durante este período realizamos igualmente campanhas de sensibilização a mais de 1300 pessoas sobre os riscos dos engenhos explosivos e pensamos que o balanço é positivo, uma vez que as áreas libertadas de minas estão a possibilitar o incremento da actividade agrícola, pastorícia e a circulação de pessoas e bens”, acrescentou.

Por seu turno, o administrador municipal do Amboim, Darcy Afonso, enalteceu o trabalho desenvolvido pelas brigadas de desminagem, sublinhando que vai permitir a construção de infra-estruturas sociais e económicas, em prol do bem-estar das populações.

Aconselho as famílias camponesas no sentido de aumentarem as áreas agrícolas livres de minas, de modo a aumentar a produção.

Dados da Agência Nacional de Acção Contra Minas indicam que o Cuanza Sul é a quarta província mais minada do país, com 114 áreas minadas e 9.000.000 de metros quadrados contaminados.

 

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