Isenção de vistos vai dinamizar turismo assegura director do INFOTUR
O director-geral do Instituto de Fomento Turístico (Infortur), Afonso Vita, afirmou hoje, em Luanda, que isenção de vistos de turismo para os cidadãos de 98 países vai impulsionar o sector, abrir oportunidades para arrecadação de receitas e geração de mais empregos.
O responsável, que falava a ANGOP, no âmbito do Fórum Bitur Angola, referiu que esta abertura para o país é uma garantia de sustentabilidade económica e de oportunidades de negócios.
“Com a avalanche de mais entrada de turistas ao país, implica dizer que haverá mais trabalho, ao mesmo tempo que vai se permitir a arrecadação de mais receitas, por vias de hotéis, agências de viagem e as divisas que o turismo consegue recuperar com mais rapidez”, asseverou.
O Governo angolano isentou recentemente cidadãos turistas de 98 países, em particular os da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), excepto da Guiné-Bissau, que podem entrar em Angola sem visto.
De acordo com o Decreto Presidencial, 35 dos países isentos são do continente europeu, sendo que 16 pertencem às Caraíbas e Pacífico. Na lista dos isentos, constam também 11 países da Ásia e oito do continente americano.
De acordo com Afonso Vita, em 2022, 159 mil turistas de várias nacionalidades entraram ao país, mas, agora, a abertura do Aeroporto Dr. António Agostinho Neto, a 10 deste mês, é “também um elemento importante que muda a história do turismo em Angola”.
Por sua vez, o presidente da Associação de Hotéis e Risortes de Angola (AHARA), Ramiros Barreira, referiu que o turismo é uma área fundamental para desenvolver e dar mais dinamismo à criação de novos postos de trabalho, de forma directa e indirecta.
Apontou que o país tinha em 2013 pelo menos 223 mil empregos no sector da restauração, mas, as últimas estatísticas rondam em 160 mil empregos.
“Se dinamizarmos o sector do turismo, o papel da indústria, da hotelaria e restauração, nos próximos anos, será muito alto e poderemos mitigar, enormemente, as necessidades que temos no âmbito do emprego. Isso vai ser importante para a economia de Angola”, considerou.