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Grande comprador de diamantes sul-africanos acusado de financiar o Hezbollah

Uma empresa sul-africana, das maiores compradoras de diamantes do país, foi implicada pelos EUA numa rede global de comércio de pedras preciosas e obras de arte, em benefício de uma organização terrorista.

A notícia é avançada hoje pelo jornal sul-africano Daily Maverick que refere que os EUA sancionaram recentemente várias empresas sul-africanas acusadas de fazerem parte de uma intrincada rede de lavagem de dinheiro que comercializa pedras preciosas e obras de arte para financiar uma organização terrorista global.

O que é particularmente grave, adianta o periódico, é o facto de a África do Sul ter sido colocada, em Fevereiro último, na lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI). Um documento do ministério sul-africano das Finanças reconhece que isso significa que a eficácia do país no combate ao crime financeiro, como corrupção e lavagem de dinheiro, bem como financiamento de terrorismo, é considerado abaixo dos padrões internacionais.

O departamento de controlo de activos estrangeiros do Departamento de Tesouro dos EUA alega que a rede em causa está envolvida no comércio de jóias para financiar clandestinamente o Hezbollah através de  Nazem Said Ahmad, um cidadão com dupla nacionalidade, belga e libanesa. A empresa que Ahmad possui na África do Sul é considerada como estando entre os 10 principais compradores da State Diamond Trader, uma empresa estatal sul-africana.

Todavia, as acusações dos EUA não se resumem à África do Sul. A 18 de Abril último, os norte-americanos anunciaram também sanções contra 52 indivíduos e empresas com sede em vários países, incluindo Reino Unido, Bélgica, Hong Kong e Costa do Marfim.

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