Governador reúne com operadores da cadeia alimentar
endo em consideração a principal missão do Banco Nacional de Angola (BNA), que consiste em garantir a estabilidade de preços, no âmbito das auscultações regulares aos principais agentes económicos, o Governador José de Lima Massano, dirigiu no dia 1 de Fevereiro de 2023 um encontro com os principais operadores da cadeia alimentar, tendo sido apresentados indicadores económicos atingidos em 2022 e perspectivas para o exercício de 2023.
Em 2022, observou-se uma forte desaceleração do nível geral dos preços, com a taxa de inflação no final do ano, a alcançar os valores mais baixos dos últimos cinco anos, tendo-se fixado em 13,86%, contra os 27,03% no final de 2021. O comportamento da inflação deveu-se ao curso da política monetária, à apreciação da moeda nacional em relação às moedas usadas nas trocas comerciais, bem como ao aumento e regularidade da oferta de bens de amplo consumo, com destaque para os bens alimentares.
Para o ano 2023, prevê-se a consolidação do crescimento da actividade económica em torno de 3,3%, a estabilidade do mercado cambial e a continuação do processo de desinflação, antevendo-se que a inflação no final do corrente ano se situe entre 9% a 11%.
Na ocasião, o Governador do Banco Nacional de Angola sublinhou que a orientação da política monetária manter-se-á alinhada ao objectivo da inflação de médio e longo prazo, em torno de 6%.
Os operadores presentes reconheceram os progressos macroeconómicos registados, defendendo, entretanto, a necessidade de contínuo apoio institucional e protecção aos produtores nacionais, particularmente nos casos em que a capacidade instalada é condicionada pelo incremento de importações, podendo inclusive impactar negativamente sobre os programas em curso de diversificação da economia.
Em jeito conclusivo o Governador José Massano realçou o compromisso do BNA com a estabilidade de preços na economia e manutenção de espaço para o crescimento do sector real, de modo particular, tendo anunciado a continuidade do Aviso 10 que deverá também passar a incluir o sector têxtil.