FMI reforça cooperação com o Governo angolano
A avaliação do programa pôs -financiamento e a partilha de dados do cenário económico de Angola foram os principais temas de abordagem do encontro mantido, esta quarta-feira, em Luanda, entre a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa e o chefe da Missão do Fundo Monetário Internacional, Amadou Sy.
Momentos antes do encontro mantido a porta fechada, Vera Daves de Sousa disse, em declarações aos órgãos de comunicação social, que as partes iriam partilhar ao “máximo” a melhor forma de optimizar os resultados das reformas que o país vem implementando e com vista a criar um melhor ambiente de negócios.
Por sua vez, o chefe da Missão do FMI, Amadou Sy, disse que, diferente das outras avaliações, nesta visita o grupo procura identificar possíveis riscos pôs- financiamento, e discutir a melhor forma de proteger a economia angolana de factores externos, tais como uma quebra do preço do petróleo.
O FMI vai procurar ainda saber das autoridades angolanas questões de importância macroeconómica, como a importância do Plano Desenvolvimento Nacional (PDN), da diversificação da economia e outras preocupações associadas.
A missão esteve no país há seis meses para fazer uma missão de avaliação do artigo 4º, entre os diversos papéis exercidos pelo FMI, aos seus membros, e no final desta missão o grupo liderado por Amadou Sy fará um relatório final desta missão que deverá acontecer no final da visita de aproximadamente dez dias.
Estiveram presentes ainda na reunião representantes do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Administração Geral Tributária(AGT), Ministério da Economia e Planeamento(MEP), Banco Nacional de Angola(BNA), entre outras entidades privadas ou reguladas por legislação privada como os bancos BPC e Económico.
No mesmo dia, o FMI manteve encontros com titulares do BNA e MEP para colher das autoridades informações reais do cenário macroeconómico do país.
O Programa de Financiamento foi aprovado pelo Conselho de Directores Executivos do FMI, a 7 de Dezembro de 2018, com uma duração de três(3) anos.
Inicialmente, o programa previa um pacote financeiro de Direitos Especiais de Saque (DES) equivalentes a 3,7 mil milhões de dólares, que depois foi elevado para 4,5 mil milhões de dólares, justificado pela necessidade de fortalecer o país na luta contra a pandemia e mitigar os seus efeitos sanitários, económicos e sociais, bem como assegurar a implementação das reformas perdidas que vinham sendo desenvolvidas.